COTAS: QUAL SUA OPINIÃO?

Temos hoje as pesquisas genéticas que confirmam o que historiadores e sociólogos já sabiam: a unidade da espécie humana. As raças não existem, portanto o que precisamos se queremos reconhecimento não são de cotas, e sim de um melhor ensino. O que adianta chegarmos ao topo pulando degraus. A realidade dos vestibulares para ingresso nas Universidades públicas é antagônica ao ensino médio público. Sou testemunha disso, ao concluir o ensino médio no qual me destaquei não por méritos e sim obrigação de estudar e levar a sério aquela oportunidade, ao findar os 3 anos e com as notas excelentes só estava esperando a chance de continuar os estudos, me lembro que fiquei decepcionado ao ver que o que aprendi na escola não fazia parte do que me era cobrado no vestibular. Perguntei a um professor: Por que não consegui responder a maioria das questões da prova? Porque infelizmente não pude lhe ensinar. Foi sua resposta o que nos leva a questionar, será que as cotas vão resolver essa situação?


“A verdadeira igualdade é tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais”. Ruy Barbosa


Futuro das cotas nas mãos da Justiça

Embora o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o reitor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Ricardo Vieiralves de Castro, tenham cobrado do Supremo Tribunal Federal uma decisão urgente e definitiva sobre a reserva de cotas nas instituições de ensino superior para negros, indígenas, estudantes carentes e deficientes – entre outros beneficiários – a polêmica questão voltou à estaca zero na mais alta instância do Judiciário. É que, com a sanção da Lei Estadual 5.346, pelo governador do Rio de Janeiro, em 11 de dezembro do ano passado, foi modificada e ampliada a lei anterior (4151/03) que regulamentava o sistema de cotas nas universidades públicas estaduais, cuja constitucionalidade foi contestada no STF pela Confederação Nacional de Estabelecimentos de Ensino (Confenen), em 2004. Essa ação de inconstitucionalidade (Adin 3197) – que serviria de paradigma para resolver a controvérsia sobre as “ações afirmativas” nas universidades – ficou prejudicada. Ou seja, “perdeu o objeto”, já que a lei que atacava deixou de existir.

Fonte:JB