As reminiscências de uma planície cheias de utopia.

Sob a visão de seus filhos -
Nem tudo é como parece, mas tende a ser como é mostrado. Na planície o sol que deveria contemplar os que no seu leito nasceram, esconde-se dos filhos da tua Terra. Valorizam os forasteiros dando-lhes honras e louvores. Enquanto premiam seus talentos com migalhas esmiuçadas sob os olhos entristecidos de quem buscou aqui seu valor.

Onde estão suas raízes? Aprisionada na rede politiqueira da distribuição de cargo e favoritismo que tanto engessam seus talentos. Oh! Planície minha, será que assistiremos sua queda? Dá para acreditar que realmente em seus acolhedores braços não há espaço? Onde se erguem centenas de megas e luxuosas construções.

Do passado as doces lembranças recolhidas de sua terra, foram temperadas nas caldeiras, que durante anos dia e noite, construíam sonhos de tempos melhores. Os fartos anos foram gastos custeando o prazer de poucos. Ti quebraram! Levaram daqui seus tesouros.

Mas um dia, de suas profundezas começaram a escorrer generosamente um precioso sangue negro, do qual uma guerra iniciou, dessa vez por uma nova geração de medíocres interesseiros e dominadores.

Ah! Terrinha acolhedora, até quando viverás a mercê desses exploradores.

Por: Washington Luiz

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