Fantástico revela esquema para se eleger e desviar dinheiro público.

Cândido Peçanha - um deputado que faz tudo para se manter no poder. O Fantástico, da TV Globo, revelou para o povo brasileiro neste domingo, dia 08 de junho, os planos deste nobre parlamentar. Quanto custa eleger um candidato na base da desonestidade, da troca de favores? “A compra do voto no dia da eleição sai a R$50, o voto. Político não tem remorso. Político tem conta bancária. Existem várias formas de desviar dinheiro público”, mostrou a reportagem do Fantástico. Quem é Cândido Peçanha? Ele não existe na figura de uma pessoa só. Cândido Peçanha é um personagem criado pelo juiz de direito Marlon Reis para o livro "O Nobre Deputado". “É a representação de parlamentares que existem, que ocupam grande parte das cadeiras parlamentares do Brasil e que precisam deixar de existir”, afirma Marlon Reis, juiz de direito.


Para criar o personagem, o juiz Marlon Reis ouviu histórias reais de mais de 100 pessoas que transitam no mundo político. Entre elas, um ex-deputado federal que vai se candidatar novamente nessas eleições.

O Fantástico também ouviu dois assessores parlamentares que revelaram como funciona o esquema de corrupção. Tudo começa na eleição. E para ganhá-la é preciso ter dinheiro. Muito dinheiro. "Ele entra no mandato endividado. Ele precisa do dinheiro".

Leia abaixo trechos da entrevista:

Assessor: Ele entra no mandato endividado. Ele precisa do dinheiro.
Fantástico: Mas como ele faz para pegar esse dinheiro e jogar na mão do agiota sem ser notada a falta do dinheiro no cofre?
Assessor: Existem várias maneiras de fazer isso.
Fantástico: Mas não teria que sacar e comprovar onde gastou?
Assessor: Para quem?
Fantástico: Para a Câmara dos Vereadores.
Assessor: Como assim, se os vereadores são cúmplices?
Fantástico: Ou, se for o governador, para a Assembleia Legislativa.
Assessor: Que também é cúmplice.
Fantástico: Mas tem o Tribunal de Contas do Estado.
Assessor: Que também é cúmplice.
Fantástico: O senhor quer dizer que todos são envolvidos?
Assessor: Cúmplices. Todos são. É uma máfia.


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