Pastor Everaldo pretende privatizar a Petrobras.


Eleições 2014 - O candidato do Partido Social Cristã (PSC) à Presidência da República, Pastor Everaldo, foi entrevistado na bancada do Jornal Nacional, por William Bonner e Patrícia Poeta. Além de evangélico, Everaldo é empresário e político brasileiro. É um importante nome da Assembleia de Deus e vice-presidente do PSC.

Patricia Poeta começou a entrevista indagando o candidato sobre sua falta de experiência na vida pública. "Por que que o senhor acha que o eleitor iria acreditar que o senhor tem credenciais para ocupar a Presidência da República? Fiz, me formei, fui para a faculdade e depois passei para a iniciativa privada, montei a minha empresa e sou um profissional, um empreendedor brasileiro, sou um vencedor. Deus me ajudou e eu, então, venci na vida. Então, tive minha experiência como subsecretário, como presidente do Rioprevidência e milito na vida política desde 1981. Então, acredito que estou preparado, cada dia. Eu sou um constante aprendiz. Então, cada dia estou preparado para esta missão, que o partido me determinou que eu assumisse", respondeu o candidato.

Depois, Poeta pergunta: "Por que eu lhe pergunto isso candidato? Porque há registros de que o senhor teria reclamado que o PC do B tinha um deputado a menos e que ocupava, comandava o Ministério do Esporte e a Agência Nacional do Petróleo no governo Dilma, enquanto que o seu partido não tinha cargo nenhum. O senhor considera isso um toma-lá-dá-cá, diante dos quase R$ 5 milhões e também esse registro? Nós estávamos conversando, metade do partido queria apoiar José Serra e metade queria apoiar o PT, presidente Dilma. Quando o PMDB se aliou, nós fazíamos bloco com o PMDB na Câmara dos Deputados, quando o PMDB se aliou, aí nós fomos ali. 30 de junho foi quando nós fizemos a aliança, baseada em princípios que nós colocamos para o PT, para a presidente Dilma, que nós defendemos, a vida, defendemos a família, da maneira que colocamos esses princípios. 30 de junho. E se você verificar, foram dez partidos da coligação. Quando chegou em 22 de setembro, na reta final da campanha, é que foram feitos essas doações legais, transparentes, para custo de campanha, de material que foi feito. Então, vamos dizer, nós fizemos uma aliança em 30 de junho, e só na reta final do primeiro turno é que foi feito as doações, não só para o PSC", sobre os 5 milhões - pastor Everaldo diz: "Quatro milhões, setecentos e cinquenta, inclusive para todos os partidos, que era para fazer material para a campanha da reta, da majoritária, quando tem campanha, tem prefeito, é para o prefeito, quando é governador, é para o governador e quando é para presidente, é para presidente. Foi despesa para a campanha para presidente da República".
Ainda sobre os 5 milhões - "Por que eu lhe pergunto isso candidato? Porque há registros de que o senhor teria reclamado que o PC do B tinha um deputado a menos e que ocupava, comandava o Ministério do Esporte e a Agência Nacional do Petróleo no governo Dilma, enquanto que o seu partido não tinha cargo nenhum. O senhor considera isso um toma-lá-dá-cá, diante dos quase R$ 5 milhões e também esse registro? Pastor Everaldo: Olha, nós quando fizemos o acordo para fazer a coligação, nós defendemos os princípios que nós acreditamos, e o governo chama as pessoas que ajudaram para compor o governo e nós tínhamos um número maior, elegemos mais do que o PC do B conforme você citou, então..."
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Depois foi a vez de William Bonner: "O senhor acredita mesmo que tem base política para conseguir o apoio necessário no Congresso Nacional para realizar todas essas mudanças que o senhor está propondo? - Pastor Everaldo: O meu exemplo de governo é de Itamar Franco. Ele assumiu numa situação difícil do país e chamou todas as forças políticas, todos os representantes no Congresso e apresentou, com transparência, a sua proposta para a população brasileira, que foi um plano da estabilidade econômica do país. E todos não puderam negar. Então eu acredito que quando você levar para a população, com transparência, o que você quer fazer, o Congresso Nacional jamais vai negar o apoio para qualquer presidente.

Para tornar realidade as mudanças que está propondo, Pastor Everaldo disse que vai privatizar a Petrobras e outras empresas públicas. "Eu vou te antecipar então a notícia aqui. Eu vou privatizar a Petrobras". Entretanto, se eleito presidente o pastor da Assembleia de Deus disse que não vai mexer no Banco do Brasil e na Caixa Econômica. "O Banco do Brasil e a Caixa Econômica representam a segurança do sistema financeiro. Então, não vamos mexer no Banco do Brasil, nem Caixa Econômica Federal".

A entrevista na íntegra pode ser vista no site do Jornal Nacional (aqui).

Considerações finais - "Minha irmã, meu irmão brasileiro. Eu reafirmo meu compromisso em defesa da vida, do ser humano desde a sua concepção.  Eu defendo a família como está na Constituição brasileira. Nós somos um país democrático e respeito a todas as pessoas, mas casamento para mim é homem e mulher.  Sou contra a legalização das drogas. Vou criar o Ministério da Segurança Pública. Para quê? Hoje o cidadão de bem está preso dentro de casa e o bandido está solto na rua. Vou inverter essa lógica e botar ordem na casa. A partir, brasileiro, trabalhador brasileiro, a partir de 1º de janeiro de 2015, todo trabalhador que ganhe até R$ 5 mil por mês estará isento do Imposto de Renda na fonte. Eu defendo que é mais Brasil e menos Brasília na vida do cidadão brasileiro. Deus abençoe a você, Deus abençoe a sua família, Deus abençoe o nosso querido Brasil".

Outros candidatos:
Dilma é entrevistada no Jornal Nacional.
No Jornal Nacional, Eduardo Campos critica o PT.
Bonner e Patrícia Poeta entrevistam Aécio Neves.

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