Ex-diretor da Petrobras diz ter recebido propina de R$ 1,5 milhão.


Investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público ouviram Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, dizer que recebeu R$ 1,5 milhão de propina de um esquema de corrupção relacionado à compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos EUA, conforme informou nesta quinta-feira (18) o Jornal Nacional.

De acordo com a reportagem, a primeira fase dos depoimentos de Costa a policiais federais e procuradores com base em um acordo de delação premiada terminou na semana passada. Paulo Roberto Costa decidiu colaborar com as investigações na expectativa de obter redução da pena.

Convocado para depor, ele compareceu nesta quarta-feira (17) à CPI mista do Congresso que apura irregularidades na Petrobras, mas se manteve calado e não respondeu a nenhuma das perguntas dos parlamentares. Costa foi preso pela Polícia Federal em março, durante a Operação Lava Jato, da PF, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Os interrogatórios do ex-diretor da Petrobras começaram  em 29 de agosto, na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde ele está preso. As revelações foram feitas a um delegado, a um procurador e a um escrivão. A defesa acompanhou tudo. Os depoimentos foram gravados em vídeo, anotados e criptografados (transformados em códigos para evitar a leitura por pessoas de fora da investigação). O material foi guardado em um cofre.

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Segundo a revista "Veja", Costa delatou deputados, senadores, governadores e um ministro como beneficiários do suposto esquema de propina na Petrobras. A decisão sobre a parte dos depoimentos que envolve políticos caberá ao Supremo Tribunal Federal. O relator do caso é o ministro Teori Zavascki. 

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Fontes: G1; JN e Veja

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