Lobista negou que tenha ligação com o PMDB.

Curitiba - Depois de três horas, terminou o depoimento do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano na Superintendência da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (21). Baiano que não tem qualquer ligação com o PMDB. Segundo os depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Baiano seria o operador do PMDB no esquema de corrupção na estatal. “Negou, obviamente. Disse que nunca teve nada com o PMDB”, afirmou o advogado Mario de Oliveira Filho. 

Segundo informações de Débora Melo, do portal 'Terra', a defesa disse ainda que todas as perguntas foram respondidas. “O Fernando foi ouvido e respondeu a todas as perguntas, a todas, não ficou uma pergunta sem responder. Foi um depoimento tranquilo.” Oliveira Filho, que ficou nacionalmente conhecido na quarta-feira após dizer que não há obra pública sem pagamento de propina no Brasil, se recusou a dar mais informações sobre o conteúdo do depoimento.  “Porque não adianta. Eu falo uma coisa, sai outra. Eu me comprometi a não falar do conteúdo”, explicou.

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Na última quarta-feira, 21 de novembro, o advogado disse que o pagamento de propina faz parte da “cultura” do País. “O empresário, porventura, faz uma composição ilícita com algum político e paga alguma coisa. Se ele não fizer isso, e quem desconhece isso desconhece a história do País, não tem obra. Pode pegar uma prefeitura do interior, uma empreiteirinha com quatro funcionários. Se ele não fizer acerto, ele não põe um paralelepípedo no chão”, disse na ocasião.

O lobista Fernando Soares está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba com mais 12 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato. Ele teve a prisão decretada na sexta-feira da semana passada, quando a maioria dos investigados foi presa, mas só se entregou na terça-feira. O prazo de sua prisão temporária (5 dias), portanto, será encerrado amanhã. O juiz federal Sérgio Moro, no entanto, responsável pela investigação, pode pedir a prorrogação da prisão ou, ainda, que a temporária seja convertida em preventiva (30 dias). “Eu espero que sim (seja libertado amanhã). Se dependesse de mim, ele saía agora”, encerrou o advogado.

Fonte: Terra

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