Relatório do CPJ contabiliza 220 jornalistas presos em 2014.

Um relatório especial divulgado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) revela que mais de 200 jornalistas estão presos por conta de seu trabalho pelo terceiro ano consecutivo. Os dados refletem um aumento do autoritarismo no mundo todo. A China é a pior carcereira de jornalistas do mundo em 2014, segundo o relatório divulgado por Shazdeh Omari, editora de notícias do CPJ.


De acordo com CPJ, em 2014, 220 jornalistas foram presos em todo o mundo. São nove a mais em relação a 2013. Tal número corresponde ao segundo maior número de jornalistas presos desde que o CPJ começou a realizar um censo anual de jornalistas presos, em 1990, e os destaques ficam por conta do ressurgimento de governos autoritários em países como a China, Etiópia, Myanmar e Egito.

O uso de acusações contra os jornalistas na China de atuarem contra o Estado e a política de prisões constantes no Irã de jornalistas, blogueiros, editores e fotógrafos deu aos dois países a dúbia distinção de serem o pior e o segundo pior carcereiros de jornalistas do mundo, respectivamente.

Além de prender jornalistas, Pequim editou novas regras restritivas sobre o que pode ser alvo de cobertura jornalística e negou vistos para jornalistas internacionais. A cobertura de questões relacionadas às minorias étnicas continua a ser um tema sensível; quase metade dos presos é de tibetanos ou uigures, incluindo o acadêmico e blogueiro Ilham Tohti e sete estudantes que trabalhavam em seu site, Uighurbiz. Vinte e nove dos jornalistas presos na China foram detidos sob a acusação de desenvolver atividades anti-Estado. A íntegra da matéria está disponível no site do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, aqui.

A repressão do Estado sobre as publicações e blogueiros independentes na Etiópia mais do que dobrou o número de jornalistas presos este ano, chegando a 17, contra sete no ano anterior, e levou vários jornalistas a fugir para o exílio, de acordo com pesquisa do CPJ.

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Fonte: CPJ.org

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