Marta Suplicy detona Dilma: "vaca engasga de tanto tossir".

E a petista Marta Suplicy colocou mais lenha na fogueira. “Se tivesse havido transparência na condução da economia no governo Dilma, dificilmente a presidente teria aprofundado os erros que nos trouxeram a esta situação de descalabro,” disse a senadora, no dia da primeira reunião ministerial do novo governo Dilma Rousseff, em artigo publicado na 'Folha de S. Paulo' e divulgado à imprensa por sua própria assessoria.
Para Suplicy, ou o Partido dos Trabalhadores “muda ou acaba”. A ex-ministra da Cultura de Dilma Rousseff lembrou nesta terça-feira que a presidente afirmou em seu discurso de vitória que manteria seus compromissos de campanha. “Nem que a vaca tussa”, salientou Marta sobre expressão usada por Dilma para afirmar que não mexeria em direitos e conquistas trabalhistas.

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Marta Suplicy diz que se tivesse havido transparência, “não estaríamos agora tendo de viver o aumento desmedido das tarifas, a volta do desemprego, a diminuição de direitos trabalhistas, a inflação, o aumento consecutivo dos juros, a falta de investimentos e o aumento de impostos, fazendo a vaca engasgar de tanto tossir”.

A ex-ministra dos governos Lula e Dilma (Turismo e Cultura, respectivamente), queixou-se do silêncio de Dilma sobre a escolha do ministro da Fazenda, Joaquim Levy: “sem nenhuma explicação, nomeia-se um ministro da Fazenda que agradaria ao mercado e à oposição. O simpatizante do PT não entende o porquê. Se tudo ia bem, era necessário alguém para implementar ajustes e medidas tão duras e negadas na campanha? Nenhuma explicação”.
   
'PT embarcou no circo de malabarismos econômicos'.


Marta Suplicy disse ainda que a Fundação Perseu Abramo, entidade do PT, criticou as escolhas do econômicas do governo. “O PT vive situação complexa, pois embarcou no circo de malabarismos econômicos, prometeu, durante a campanha, um futuro sem agruras, omitiu-se na apresentação de um projeto de nação para o país, mas agora está atarantado sob sérias denúncias de corrupção”, dispara a ministra, ressaltando que “nada foi explicado ao povo brasileiro, que já sente e sofre as consequências e acompanha atônito um estado de total ausência de transparência, absoluta incoerência entre a fala e o fazer, o que leva à falta de credibilidade e confiança”.

Para Suplicy, a esse cenários somam-se as crises hídricas e energéticas, o que deixa o “palco montado”: “A peça se desenrola com enredo atrapalhado e incompreensível. O diretor sumiu”, finaliza a ex-ministra.

Com informações da Folha de S. Paulo e jornal O Globo.