Tony Blair reconhece responsabilidade em surgimento do Estado Islâmico.

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair reiterou hoje (25) o pedido de desculpas parciais pela guerra no Iraque, reconhecendo responsabilidade pelo aparecimento do autodenominado Estado Islâmico (EI).“Peço desculpas pelo fato das informações fornecidas pelos serviços secretos serem falsas”, disse o ex-primeiro-ministro trabalhista Tony Blair.
No entanto, Blair argumentou ser difícil lamentar a queda de Saddam Hussein: “Mesmo hoje, em 2015, julgo que é melhor ele não estar lá”, afirmou o premier.

“Peço desculpa por alguns erros na planificação e na compreensão do que se passou depois do regime ter caído”, afirmou, reconhecendo “elementos de verdade”, ao considerar que a invasão do Iraque, em 2003, foi a principal causa do surgimento do EI.

Atentados

Fontes da área de segurança em Bagdá informaram hoje (25) que, pelo menos 30 pessoas morreram – dentre elas, 25 soldados e milicianos pró-governamentais – e outras 41 ficaram feridas em dois atentados suicidas do grupo radical Estado Islâmico no oeste do Iraque.

Um dos ataques foi iniciado quando um veículo com explosivos foi detonado na zona de Al-Buaiza, a noroeste de Ramadi, capital da província de Al-Anbar. Após o atentado, foram registrados violentos confrontos entre as forças iraquianas e os ‘jihadistas’, tendo dezenas de combatentes abatidos e feridos e vários dos seus veículos destruídos.

O outro atentado ocorreu em Al-Buaziz, a noroeste de Faluja – 50 quilômetros a oeste de Bagdad – e também na província de Al-Anbar. A explosão de um carro bomba conduzido por um suicida matou 10 elementos do exército e de uma milícia pró-governamental, e feriu sete. Outras cinco pessoas morreram em um bombardeamento aéreo do exército iraquiano contra a zona de Al-Buasaf, a oeste de Ramadi, que está sob controlo dos ‘jihadistas’.

As forças iraquianas lutam para recuperar o controle de Al-Anbar desde que o EI tomou Ramadi em maio. O grupo ‘jihadista’ conquistou vastas zonas do Iraque em junho de 2014 e proclamou um califado nos territórios sob o seu controlo neste país e na vizinha Síria.

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