Temer se arrepende de carta a Dilma, diz jornal.

Coisas da Política. Além de ter manifestado um leve arrependimento com o tom da carta enviado para a presidente Dilma Rousseff, no início de dezembro, logo depois que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de abertura de impeachment na Câmara, o vice-presidente Michel Temer ensaia uma reaproximação do Palácio do Planalto. É o que diz  uma reportagem do Jornal do Brasil.

De acordo com a publicação, um dos principais indícios de que o vice-presidente poderá estender a bandeira branca é o aval que ele está dando à possibilidade de o Planalto nomear um deputado do PMDB mineiro para a Secretaria de Aviação Civil. Essa estratégia, elaborada pelo grupo de Picciani, visa neutralizar a bancada mineira, uma das maiores do partido, com sete deputados, e que poderia desequilibrar o jogo e causar problemas à eleição do parlamentar fluminense.

Temer está ciente de que seu desgaste tem pelo menos duas causas: uma delas é a exposição de sua própria fragilidade, quando admitiu em carta aberta que não foi atendido pela presidente Dilma em uma série de pedidos. A outra causa que atingiu a imagem do presidente nacional do PMDB foi a maneira apressada com que destituiu Leonardo Picciani, quando o deputado tentou formar a cota do partido na Comissão Especial do impeachment apenas com parlamentares aliados ao governo.

Ao aceitar a nomeação de um mineiro para a Aviação Civil, Temer, consequentemente, avaliza o retorno de Picciani à liderança e, em contrapartida, pode vir a receber o apoio do influente diretório fluminense do PMDB, reelegendo-se na convenção de março.

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