Militares vão deixar a Rocinha nesta sexta-feira.

Os integrantes das Forças Armadas que estão atuando na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio, vão deixar o local nesta sexta-feira (29). O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse à Agência Brasil que os militares já cumpriram a participação nas operações integradas com as polícias estaduais na comunidade, que desde o dia 17 atuavam na região e desde a sexta-feira passada (22) receberam apoio das Forças Armadas. O horário da saída dos militares ainda não foi informado, mas segundo o ministro, em princípio, começará pela manhã, com a retirada gradual ao longo do dia. “O último dia é amanhã”.

Segundo o ministro, houve vários fatores que influenciaram na decisão de retirar os militares da comunidade. No momento, a situação na Rocinha está estabilizada com o fim de confrontos violentos entre traficantes que disputavam o controle da região. Os resultados das operações desencadeadas nos últimos dias também vem apontado redução nas apreensões de armas e nas prisões de criminosos. Além disso, com o deslocamento de traficantes da comunidade para outras regiões, de acordo com Jungmann, não há motivo para manter o efetivo de 950 militares no local e deixar outras áreas da cidade sem o apoio das Forças Armadas.

De acordo com Jungmann, se houver necessidade do retorno dos militares à Rocinha, caso a situação volte a se agravar, já há um entendimento com o governo estadual para analisar o pedido com celeridade. 

O ministro acrescentou que, por questões de segurança, não é possível adiantar se já estão programadas operações com participação das Forças Armadas em locais para onde é provável que os traficantes da Rocinha tenham fugido.

 Conflitos na Rocinha

Os conflitos na Rocinha se agravaram com a tentativa de invasão, no dia 17, do grupo de aliados do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, para a retomada do comando do tráfico de drogas no local, que foi assumido por Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, ex-segurança de Nem. Houve intensos tiroteios que deixaram moradores em pânico, crianças sem aulas, unidades de saúde com atendimento suspenso e o comércio fechado.

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