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Declaração de Lula sobre o "mensalão" merece repúdio, diz Barbosa.

Para o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, a declaração do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, sobre o julgamento da Ação Penal 470, o processo que ficou conhecido como mensalão,  é “um fato grave que merece o mais veemente repúdio”. 


Lula afirmou que o mensalão nunca existiu e que o tempo vai se encarregar de provar que o julgamento sofreu influência política.“O tempo vai se encarregar de provar que no mensalão você teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica. Eu acho que não houve mensalão. Eu não vou ficar discutindo decisão da Suprema Corte. Eu só acho que essa história vai ser recontada. É só uma questão de tempo. Esse processo foi um massacre que visava destruir o PT, ” declarou o ex-presidente em entrevista à TV portuguesa RTP. (veja aqui).

As declarações do ex-presidente do Brasil foram duramente criticada pelo ministro Joaquim Barbosa. O presidente do Supremo Tribunal Federal lamentou: "Lamento profundamente que um ex-Presidente da República tenha escolhido um órgão da imprensa estrangeira para questionar a lisura do trabalho realizado pelos membros da mais alta Corte de Justiça do País. A desqualificação do Supremo Tribunal Federal, pilar essencial da democracia brasileira, é um fato grave que merece o mais veemente repúdio. Essa iniciativa emite um sinal de desesperança para o cidadão comum, já indignado com a corrupção e a impunidade, e acuado pela violência. Os cidadãos brasileiros clamam por justiça".

O representante da Suprema Corte afirmou que: "a Ação Penal 470 foi conduzida de forma absolutamente transparente. Pela primeira vez na história do Tribunal, todas as partes de um processo criminal puderam ter acesso simultaneamente aos autos, a partir de qualquer ponto do território nacional uma vez que toda a documentação fora digitalizada e estava disponível em rede. As cerca de 60 sessões do julgamento foram públicas, com transmissão ao vivo pela TV Justiça, além de terem recebido cobertura jornalística de mais de uma centena de profissionais de veículos nacionais e estrangeiros. Os advogados dos réus acompanharam, desde o primeiro dia, todos os passos do andamento do processo e puderam requerer todas as diligências e provas indispensáveis ao exercício do direito de defesa".


Ainda de acordo com Barbosa, "acolhida a denúncia em agosto de 2007, o Ministério Público e os réus tiveram oportunidade de indicar testemunhas. Foram indicadas, no total, cerca de 600. Acusação e defesa dispuseram de mais de quatro anos para trazer ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal as provas que eram do seu respectivo interesse. Além da prova testemunhal, foram feitas inúmeras perícias, muitas delas realizadas por órgãos e entidades situadas na esfera de mando e influência do Presidente da República, tais como: Banco Central do Brasil; Banco do Brasil; Polícia Federal; COAF", explicou. 

Barbosa disse ainda que "contribuíram para o resultado do julgamento provas resultantes de trabalhos técnicos elaborados por órgãos da Câmara dos Deputados, do Tribunal de Contas da União e por Comissão Parlamentar de Inquérito Mista do Congresso Nacional".

O presidente do Supremo Tribunal Federal concluiu a nota dizendo que Lula não tem dificuldade de compreender o papel do Judiciário no Brasil: "Portanto, o juízo de valor emitido pelo ex-Chefe de Estado não encontra qualquer respaldo na realidade e revela pura e simplesmente sua dificuldade em compreender o extraordinário papel reservado a um Judiciário independente em uma democracia verdadeiramente digna desse nome".

Garotinho, do PR, está surpreso com manifesto "Volta Lula".

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