Greve do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) chega ao terceiro mês.

Greve do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) chega ao terceiro mês. A greve atinge diretamente quem precisa dar entrada em benefícios e aposentadorias. Os médicos peritos também aderiram à paralisação.

Conforme mostrou uma reportagem do Jornal Hoje, da TV Globo, em São Paulo, o encarregado de obras Wanderley Fagundes passou por duas cirurgias para tirar um coágulo da cabeça. O profissional está afastado desde abril e, para continuar recebendo o benefício, deveria ter passado por uma perícia no dia quatro. Ele marcou hora pelo telefone 135 e foi até a agência, mas encontrou tudo fechado.

O benefício desse mês chegou, mas Wanderlei está com medo. “Remarcaram para o dia 26 de outubro nova perícia. Fica na dúvida, porque a gente tem visto greve de funcionários públicos durarem até seis meses”.

Outro caso que o Jornal Hoje mostrou foi de Leide Mendes, que trabalha como manicure no Rio de Janeiro. Ela não consegue trabalhar, porque tem um problema na mão e precisa ser operada. Só que para fazer cirurgia tem que passar pela perícia. “Estou há dois meses sem pagamento. Como é que ficam minhas contas? Sem fazer a perícia, eu não posso receber”.

Servidores do INSS

Os servidores do INSS de todo o Brasil estão em greve desde o dia 7 de julho. Eles querem 27,5% de reajuste salarial, jornada de 30 horas e incorporação das gratificações para a aposentadoria. O governo ofereceu 10,8% em duas vezes. A proposta foi rejeitada. “Nós estamos há seis anos conversando com governo sobre as nossas questões, sobre a incorporação, sobre a falta de servidor. Infelizmente tivemos que fazer a greve para poder alcançar os nossos objetivos”, garante José Bonifácio do Monte, coordenador geral do Sindsprev-PE.

O Superior Tribunal de Justiça determinou que durante a greve as agências do INSS funcionem com pelo menos 60% dos funcionários, mas muitas estão com as portas fechadas.

Fonte: Jornal Hoje/G1