Entre o impulso e o controle: 5km de silêncio e superação

A corrida de hoje era simples.

Plano traçado: 5km, pace de 6:30, treino leve.

Mas quem corre com a mente inquieta sabe… nada é simples.

Bastaram os primeiros metros para o corpo assumir o comando. O passo acelerou. A respiração encaixou. A sensação de liberdade falou mais alto. E quando o aplicativo anunciou o fim da corrida, lá estavam os números: 5km em 26 minutos. Pace de 4:40.

Mais uma vez, o plano foi ignorado.

Mas, dessa vez, não foi derrota.

Foi resistência disfarçada.

A vitória invisível

Porque mesmo acelerando demais, houve controle.

Houve um momento em que a vontade gritava “vai mais, continua!”

Mas a resposta foi calma: “não. Hoje é só 5.”

E foi.

Essa é a luta diária de quem carrega dentro de si um motor que não desliga.

A batalha entre a impulsividade e o planejamento.

Entre o prazer de correr livre e a necessidade de respeitar limites.

Olhar pra fora para acalmar o dentro

Durante o percurso, a mente tentava escapar, como sempre.

Pensamentos em cascata, cobranças internas, metas não cumpridas.

Mas o foco virou o externo.

Os olhos se voltaram para a paisagem, os sons da natureza, uma pequena coruja em um galho.

A vegetação dançava com o vento, e ali, por alguns minutos, houve presença.

Respirar fundo. Sentir os pés no chão. Correr sem brigar consigo.

Aprender a parar também é progresso

Talvez o maior desafio não seja correr rápido.

É saber a hora de parar.

Mesmo quando se pode ir além.

E hoje, isso aconteceu.

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