Dilma - "Estou sofrendo na pele uma das campanhas mais caluniosas que o Brasil..."
"O presidente Lula voltou a aparecer no programa e disse que a candidata tem sofrido a mesma perseguição que ele enfrentou durante sua vida e ressaltou que, quando assumiu, respeitou as religiões e a vida."
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| Reprodução - Dilma Rousseff |
O programa de Dilma manteve a linha dos exibidos durante a campanha no primeiro turno e comparou as realizações do governo do presidente Lula, como o Bolsa Família, Luz para Todos, Minha Casa, Minha Vida e Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), com as do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Agora Serra quer voltar, mas é o Brasil que não quer voltar ao passado. O Brasil quer seguir mudando com Dilma", afirmou uma atriz.
Dilma não falou em nenhum momento de forma direta sobre aborto, mas, por diversas vezes, disse ser favorável à vida e iniciou o programa com um discurso claramente direcionado aos religiosos. "Quero começar esse segundo turno agradecendo a Deus por me ter concedido uma dupla graça: ter sido a candidata mais votada no primeiro turno e ter a oportunidade agora de discutir melhor as minhas propostas e me tornar ainda mais conhecida", afirmou.
O locutor do programa disse que Dilma vai "fortalecer e apoiar a família brasileira" e apresentou a candidata como mãe, avó e "mulher que respeita a vida". Uma atriz foi escalada para defender Dilma das acusações que tem sofrido na internet. "A internet é uma grande conquista moderna. Infelizmente, uma corrente do mal tem usado a rede para espalhar anonimamente mentiras contra Dilma. Não acredite neles, Dilma é uma mulher honesta que respeita a vida e as religiões."
O presidente Lula voltou a aparecer no programa e disse que a candidata tem sofrido a mesma perseguição que ele enfrentou durante sua vida e ressaltou que, quando assumiu, respeitou as religiões e a vida.
"Quero neste segundo turno fazer uma campanha, antes de tudo, em defesa da vida, uma campanha cheia de futuro e esperança para o Brasil e de compromisso com os nossos valores mais sagrados", disse Dilma. "Estou sofrendo na pele uma das campanhas mais caluniosas que o Brasil já assistiu, mas, igual ao presidente Lula, que também foi vítima de calúnias, não me afastarei do rumo certo."
Dilma agradeceu pelos cerca de 47 milhões de votos que recebeu e explorou o apoio político que a coligação obteve em diversos Estados. "Dos 18 governadores eleitos no domingo, 11 estão com Dilma. No Senado, ela terá o apoio de mais de 50 dos 81 senadores. E na Câmara, de mais de 350 dos 513 deputados federais", disse o locutor.
Em seguida, manifestaram apoio a Dilma Cid Gomes (governador eleito no Ceará), Marcelo Crivella (senador reeleito no Rio de Janeiro), Jaques Wagner (governador reeleito na Bahia), Tarso Genro (governador eleito no Rio Grande do Sul), Sérgio Cabral (governador reeleito no Rio), Roberto Requião (senador eleito pelo Paraná) e Delcidio Amaral (senador reeleito pelo Mato Grosso do Sul).
Também manifestaram apoio no programa Renato Casagrande (governador eleito pelo Espírito Santo), Marta Suplicy (senadora eleita por São Paulo) e Cristovam Buarque (senador reeleito pelo Distrito Federal). Dilma tentou mostrar proximidade com Marina Silva ao dizer que 67% dos brasileiros votaram em candidatas mulheres. "Isso é um motivo especial de orgulho para todas nós mulheres brasileiras."
Agência Estado
