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Tabela informal mostra que policiais corruptos recebiam até 20 mil reais de traficantes.

“Policiais corruptos adotavam uma tabela informal de valores para negociar com traficantes, que variava entre R$ 500 e R$ 1 mil, mas que podia chegar a R$20 mil.”
(Reprodução)
A “Operação Martelo de Ferro”, da Polícia Federal com apoio do Ministério Público, foi deflagrada para combater o tráfico de drogas em São Gonçalo, município da região metropolitana do Rio. Participaram da operação 330 policiais federais e 90 policiais civis e militares do Rio de Janeiro. Eles cumpriram hoje (25) 46 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão. Dos suspeitos, 31 já estavam presos (18 policiais militares e 13 traficantes), um morreu e nove estão foragidos. Todos os policiais acusados são do 7º Batalhão de São Gonçalo.
O coordenador da operação, Victor Hugo Poubel, explicou que as investigações começaram em 2009 a partir de escutas telefônicas de traficantes do complexo de favelas do Salgueiro, em São Gonçalo, que é, segundo a polícia, um dos principais entrepostos de drogas do estado.
De acordo com promotor de Justiça Daniel Braz, os policiais corruptos adotavam uma tabela informal de valores para negociar com traficantes, que variava entre R$ 500 e R$ 1 mil, mas que podia chegar a R$20 mil. “Policiais diferentes em ocasiões diferentes cobravam valores semelhantes para o mesmo tipo de ação ilícita. Para deixar de reprimir o comércio em uma determinada boca de fumo, por exemplo, exigiam um determinado valor. Quando prendiam um traficante comum, cobravam entre R$ 500 e R$ 1 mil . Quando era um graúdo, a extorsão podia chegar a R$ 20 mil."
O nome da operação foi uma homenagem a juíza Patrícia Acioli, que trabalhava em São Gonçalo e foi assassinada em agosto por bandidos de quadrilha chefiada por um comandante da PM. A magistrada era conhecida por condenar policiais militares envolvidos com milícias e com o crime organizado. Policiais de São Gonçalo a chamavam de “martelo de ferro". Entre os mandados de prisão preventiva, dois foram expedidos contra os cabos Carlos Adílio Maciel Santos e Giovanis Falcão Júnior, que já estão presos e respondem por participação no assassinato de Patrícia Acioli.
Momento Verdadeiro/com informações da Agência Brasil de Notícias.

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