Correr 5 km não é coisa de idiota — é coisa de quem respeita o próprio corpo

Hoje completei 10 km sub 1h, aos 51 anos, em jejum e sob o sol forte das 9h. Essa corrida, para mim, foi mais que treino: foi uma resposta indireta à frase do Igor do Flow, que afirmou que “qualquer idiota consegue correr 5k”.

Esse argumento, além de simplista, é profundamente equivocado. Correr 5 km pode parecer pouco para quem já tem anos de treino, mas para quem está começando, essa distância é um divisor de águas. Representa semanas, às vezes meses, de adaptação física, fortalecimento muscular, ganho de fôlego e disciplina mental. Não é apenas sobre pernas em movimento, é sobre resistência, preparo e superação pessoal.

Outro ponto: Igor tentou correr em condições controladas — esteira, academia, ar-condicionado, água disponível. Mesmo assim, não conseguiu. Já a corrida de rua é outro cenário: calor, vento, trânsito, sol na cabeça e imprevistos que exigem muito mais do corredor. Não é justo comparar ambientes tão distintos e ainda reduzir o esforço de milhares de pessoas a uma frase arrogante.

Eu, com 51 anos, só consigo correr 10 ou 15 km porque mantenho constância. São muitas horas de treino, disciplina e paciência. Isso não é “coisa de idiota”. É coisa de quem escolhe se desafiar e respeitar os limites do corpo.

Igor do Flow e a lição dos 5 km: por que correr exige preparo e humildade.

O episódio com Igor prova justamente o contrário do que ele disse: não, qualquer um não corre 5k. E quem corre, merece respeito.