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Deputado Ibsen Pinheiro fala sobre a legalidade de sua emenda

Divulgação

Uma forma de compensar os estados e municípios produtores seria a União retirar de sua parcela recursos para ajudar... Senador Pedro Simon (PMDB-RS)

Depois da coletiva do governador do Rio de Janeiro, um dos estados diretamente prejudicados com a proposta aprovada na Câmara dos Deputados, onde Sergio Cabral convocou a sociedade para uma manifestação em defesa dos royalties para seus produtores. O deputado Ibsen Pinheiro autor da polêmica emenda que prevê a redistribuição de forma mais igualitária dos royalties provenientes da exploração do petróleo, assegura que a proposta dele não fere a Constituição.

Segundo o deputado o texto constitucional, em seu Artigo 20, assegura claramente a igualdade de condições entre todos os entes federados, além de prevê que a forma de distribuição deve ser regulamentada por lei. Esse mesmo artigo é invocado pelos que defendem a inconstitucionalidade da proposta.

“É justamente o contrário o que a Constituição prevê. Se o Artigo 20 cita o Distrito Federal, é sinal de que está falando de todos os estados e municípios da federação. O artigo não fala sobre a propriedade de nenhum estado sobre os royalties, mas cita todos em igualdade de condições. Ela assegura a riqueza a todos os estados na forma da lei. O que fizemos foi propor a mudança na lei com uma emenda”, explicou o deputado.

A proposta abrange a distribuição dos royalties do petróleo em todo o país, incluindo a extração da camada pré-sal. A emenda prevê que os royalties sejam divididos entre estados e municípios - metade para cada -, seguindo ainda os percentuais de divisão dos fundos de participação dos estados e dos municípios (FPE e FPM). A receita do Espírito Santo, por exemplo, passaria de pouco mais de R$ 313 milhões, obtida em 2009, para R$ 157 milhões. A do Rio de Janeiro cairia de R$ 4,9 bilhões para R$ 159 milhões.

Na esperança de que a nova forma de distribuição seja aprovada pelo Senado, Ibsen conversou com seu colega de partido, o senador Pedro Simon (PMBD-RS), que apresentará uma nova emenda no Senado com o objetivo de sanar provisoriamente o problema de receita que será enfrentado pelos estados e municípios produtores.
A emenda a ser apresentada, de acordo com o deputado, terá o seguinte texto: “A União Federal compensará com recursos oriundos de sua parcela em royalties e participações especiais, os estados e municípios que sofrerem redução de suas receitas em virtude dessa lei, até que se recomponham mediante o aumento da produção de petróleo no mar”.

“Já conversei com o senador Pedro Simon que concordou em apresentar essa proposta. Ele vai apresentar essa emenda na terça-feira [16] e propor a aprovação do texto da Câmara”, disse o deputado.

Ibsen também não concorda que a mudança entre em conflito com o chamado Pacto Federativo, regulado pelo Artigo 60 da Constituição. “Seria assim o primeiro caso de lei eterna”. “Além disso, a proposta aprovada não mexe nos contratos em vigor. Ela trata dos royalties, que é um assunto que está fora dos contratos”, destacou.

O deputado também não acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tenha se manifestado quanto ao veto da proposta aprovada na Câmara na última quarta-feira (10) por 369 a 72, com duas abstenções. “Não ouvi isso do presidente. Quem disse isso foi o líder do governo [Cândido Vacarezza]. O presidente não falaria isso de um texto que ainda não está pronto. Ainda falta o Senado. O que eu acho que o líder do governo fez foi terrorismo verbal para conquistar votos”, acusou Ibsen.

Edição: Washington Luiz / Fonte:EBC

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Comentários

  1. O deputado Ibsen está tremendamente enganado , se o petróleo é de todos os brasileiros, sito é da UNIÃO qual o fundamento para que a UNIÃO pague so estados os royalties? SE seu argumento é válido, os royalties teriam de ser destinados EXCLUSIVAMENTE ao dono do óleo, qual seja à União! Qual o fundamento para os estados, especiaLmente os não produtores receberm royalties?

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