Artista plástica morre após apanhar do companheiro em São Paulo.

(Foto: Adriano Lima / Brazil Photo Press/ Estadão Conteúdo)
Sérgio Brasil Gadelha, de 74 anos, é o principal suspeito do assassinato de Hirume Sato, de 57 anos. O corpo da vítima foi encontrado no apartamento do casal no fim de semana, em Higienópolis, na região central de São Paulo. O crime foi registrado apenas na madrugada desta segunda-feira, 22, no 78º DP (Jardins). O advogado contou a polícia que agrediu a artista plástica por ciúmes. 

No corpo de Hirume,  a perícia encontrou hematomas no rosto, boca, braços, abdômen e nas costas da vítima. Havia ainda uma marca no pescoço, indício de estrangulamento. Dentro da banheira do apartamento foram encontrados lençóis e toalhas com manchas que parecem ser de sangue - a polícia investiga se o advogado tentou modificar a cena do crime.

Segundo informações da "Agência Estado", uma filha do acusado, que disse morar em Florianópolis, contou na delegacia que recebeu uma ligação do pai falando sobre o incidente no fim de semana e por isso viajou a São Paulo no domingo. Ela afirmou que só tomou ciência da gravidade da situação ao chegar ao apartamento. Ao ver o que havia ocorrido, ligou para uma irmã da vítima e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), meio pelo qual o caso chegou ao conhecimento da polícia.

Em seu depoimento, Gadelha afirmou que a briga do casal começou no fim da tarde de sábado, depois das 18h. De acordo com o acusado, eles dormiram no mesmo quarto naquele dia. Na manhã de domingo, na versão de Gadelha, ele tentou conversar com a mulher, que, embora só gesticulasse, parecia estar bem. No restante do dia, porém, ela não saiu da cama, disse Gadelha.

O Dr. Átila Pimenta Coelho, advogado de Gadelha, afirma que seu cliente não tinha intenção de matar a namorada, com quem mantém um relacionamento há três anos e mora há dois. Ainda segundo o advogado, o casal já vinha brigando na semana anterior à morte de Hirume. O advogado, que estava até o fim da manhã no 78º DP, deve ser encaminhado para uma delegacia com carceragem para presos de nível superior. (Com informações do jornal "O Estado de São Paulo")

O advogado Sérgio Brasil Gadelha deve responder por homicídio qualificado consumado, que pode levá-lo a cumprir uma pena de 12 a 30 anos de prisão.