Morre o dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta Ariano Suassuna.


Morre, aos 87 anos, o escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna. Ele estava internado no Hospital Português, no Recife, desde a última segunda-feira (21). O escritor passou por uma cirurgia para a colocação de dois drenos, na tentativa de controlar a pressão intracraniana. Suassuna sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. De acordo como último boletim médico, o escritor faleceu às 17h15. "O paciente teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana".

O velório do corpo do escritor começa ainda esta noite, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, que decretou luto oficial de três dias. A partir das 23h, será aberto o acesso do público ao local. O enterro está previsto para a tarde de quinta-feira (24), no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.

Além de romancista e poeta, Ariano Suassuna foi um grande defensor da cultura brasileira. Autor de obras como A Pedra do Reino e o Auto da Compadecida, a obra mais famosa dele, devido às diversas adaptações. Guel Arraes levou o “Auto” à TV e ao cinema em 1999.

O escritor considera que seu melhor livro é o “Romance d'A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta”. A obra começou a ser produzida em 1958 e levou 12 anos para ficar pronta. Foi adaptada por Luiz Fernando Carvalho e exibida pela Rede Globo em 2007, com o nome de "A pedra do reino".

Na década de 70, Ariano começou a articular o Movimento Armorial, que defendeu a criação de uma arte erudita nordestina a partir de suas raízes populares. Ele também foi membro-fundador do Conselho Nacional de Cultura.

Após 32 anos nas salas de aula, Suassuna se aposentou do cargo de professor da Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. O período também ficou marcado pelo reconhecimento nacional do escritor – Ariano tomou posse na cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, em 1990.

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Com informações do G1 e Globo News.

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