Dentista americano é suspeito de matar leão Cecil, 'ícone' no Zimbábue.

O homem que matou o leão Cecil, uma das grandes atrações de uma reserva natural do Zimbábue, seria um caçador de nacionalidade americana que se chama Walter Palmer, denunciou nesta terça-feira uma ONG de proteção dos animais.

A organização conservacionista Força de Preservação do Zimbábue denunciou Walter Palmer, dentista americano, que é suspeito de ter pago US$ 50 mil para caçar Cecil. Ele teria, com ajuda de dois cidadãos locais, atraído o felino para fora do Parque Nacional Hwange com uma isca, para então acertá-lo com uma flecha.


Os dois homens foram ouvidos nesta quarta em uma corte do Zimbábue e receberam acusações de caça ilegal, segundo a Reuters. Palmer, que não está mais no país, também foi acusado de matar o leão sem licença.

O dentista do estado de Minnesota, nos Estados Unidos, que passou a ser alvo de críticas e ofensas nas mídias sociais, disse que atirou no animal no dia 1º de julho, acreditando que se tratava de uma caça legal, já que havia contratado guias profissionais.

"Não tinha ideia que o leão era conhecido localmente, que tinha um colar e era parte de um estudo até o final da caçada", afirma o dentista em comunicado divulgado pela CNN. "Confiei na experiência dos meus guias profissionais locais para garantir uma caça local", diz na nota.

O jornal britânico "Guardian" falou com um porta-voz do dentista, que disse que ele "obviamente está muito chateado sobre tudo isso". "Até onde entendi, Walter acredita que ele pode ter atirado nesse leão que estão chamando de Cecil. O que ele vai lhe dizer é que ele tinha as autorizações legais apropriadas e que ele contratou guias profissionais, então ele não vai negar que poderia ser a pessoa que atirou nesse leão. Ele é um caçador de animais grandes. Ele caça por todo o mundo", afirmou o representante.

O bicho não morreu com a flechada. Quarenta horas depois, ele teria sido morto com um tiro.
Cecil era um leão de 13 anos e uma atração turística muito conhecida. Ele  liderava um bando de três fêmeas e seus descendentes e tinha um colar com GPS que ajudava em uma pesquisa científica feita por cientistas da Universidade de Oxford, da Grã-Bretanha. Sua carcaça foi encontrada sem a cabeça.

Fontes: CNN, Reuters, G1 e AFP.

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