O Despertar para a Corrida
Tudo começou há alguns anos, quando resolvi sair do sedentarismo. O que era para ser apenas uma caminhada leve logo se transformou em corrida — e, com ela, veio uma paixão inesperada. Descobri que correr me dava uma clareza mental que nenhuma outra atividade oferecia. Minha mente, muitas vezes agitada e dispersa, encontrava um ritmo próprio no movimento constante das passadas.
A Suspeita do TDAH e a Corrida como Aliada
Foi só recentemente, ao pesquisar sobre meus padrões de comportamento — a dificuldade em manter o foco, a impulsividade em exagerar nos treinos, a necessidade constante de novidades — que comecei a suspeitar de um possível TDAH. Curiosamente, a corrida sempre foi minha âncora. Estudos que li depois confirmaram minha experiência: exercícios aeróbicos, como corrida, podem ajudar a regular os sintomas do TDAH, aumentando a produção de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina.
O Desafio do Equilíbrio
Mas nem tudo são flores. Minha paixão pela corrida muitas vezes colide com a necessidade de equilíbrio. Como no caso da prova de 10K que tenho no domingo: sei que deveria reduzir o volume de treinos, mas a vontade de correr é tão grande que preciso me segurar para não exagerar. Já aprendi, da pior maneira, que ultrapassar meus limites resulta em dores e frustrações. Por isso, adotei estratégias como trocar a corrida por pedaladas leves ou caminhadas nos dias próximos à prova.
A Corrida como Metáfora da Vida
Correr depois dos 50 me ensinou lições valiosas. A primeira é que não há vergonha em diminuir o ritmo quando necessário. A segunda é que cada corpo tem seu tempo, e comparar meu desempenho com o de outros é um caminho direto para a frustração. Por fim, entendi que a corrida, assim como a vida, é uma jornada de autoconhecimento. Alguns dias são leves e fluidos; outros, pesados e desafiadores. O importante é continuar se movendo.
Conclusão
Hoje, vejo minha possível tendência ao TDAH não como uma limitação, mas como parte do que me torna único. E a corrida, mais do que um hobby, tornou-se uma ferramenta de autogestão e uma fonte inesgotável de histórias para compartilhar no blog. Se há uma coisa que essa jornada me mostrou, é que nunca é tarde para recomeçar — e que, às vezes, é na simplicidade de uma corrida matinal que encontramos as respostas mais profundas.
Reflexão Final
E você? Já parou para pensar como seus desafios pessoais podem se transformar em aliados? Quem sabe não é hora de calçar um tênis e descobrir?
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