GUERRA INCONTROLÁVEL NO RIO DE JANEIRO




Secretário de Segurança do Rio de Janeiro deixa claro que não descarta a possibilidades de novos confrontos. Até onde vamos chegar, mais sangue inocente tem que ser derramado.

A invasão de traficantes ao Morro dos Macacos foi feita "aos poucos", diferentemente de outras ações do tipo, quando criminosos organizam "um bonde", composto por várias pessoas, avaliou o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Ele não descarta novos confrontos pelo controle dos pontos de venda de drogas nos próximos dias.

Confronto teve início após um helicóptero da Polícia Militar ser obrigado a fazer um pouso forçado no sábado (17/10) pela manhã dentro de uma favela depois de ser atingido por tiros. A aeronave sobrevoava a região do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, zona norte, onde a PM informa que há um conflito entre traficantes. Três policiais ficaram feridos e dois morreram carbonizados.

“A população reporta que eles entraram de maneira dissimulada, aos poucos, a pé, de um em um ou de dois em dois, no máximo”, informou Beltrame. Nesse sábado (17/10), no Morro dos Macacos, zona norte, um helicóptero da Polícia Militar fez um pouso forçado depois de ser atingido por tiros. Nas contas do governo estadual, 12 pessoas morreram e pelo menos oito ônibus foram incendiados.

“Claro que entre traficantes pode acontecer (novos conflitos). Não se pode descartar, trabalhamos com todas as hipóteses. Isso historicamente aconteceu. Posso afirmar que a perda de território e o enfraquecimento de determinadas facções proporcionam isso”, afirmou.

Ele disse que o serviço de inteligência não consegue antecipar todas as investidas “desesperadas” do tráfico, embora “cerca de 80%” das ações criminosas sejam interceptadas. “Nós temos antecipado muito esse tipo de situação, mas dizer que isso não vai mais acontecer, que está descartada, não dá.”

Beltrame também revelou que entre as armas suspeitas de derrubar o helicóptero da Polícia Militar estão um fuzil 7.62, uma metralhadora ponto 30 ou uma metralhadora ponto 50. A aeronave foi utilizada no patrulhamento da área em conflito e abatida pelos bandidos, deixando dois policias mortos e quatro feridos. As vítimas serão enterradas nesta tarde, no cemitério de Sulacap, zona norte.

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