Os novos desafios da agricultura com as mudanças climáticas

AGRICULTURA
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Aquecimento global e mudanças climáticas estão entre os principais desafios a serem enfrentados pelos pesquisadores dedicados ao melhoramento de plantas no Brasil. A conclusão é de uma pesquisa apresentada nesta terça (13/4), na UENF, durante o Workshop sobre Melhoramento de Plantas no Brasil.

O evento - que se estendeu até o início da noite - foi organizado conjuntamente pela UENF e Associação Brasileira de Melhoramento de Plantas (SBMP), com apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

A pesquisa, intitulada ''''Mapeamento de Competências em Melhoramento Genético Vegetal'''', foi desenvolvida pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
Segundo o estudo, a maior parte das pesquisas realizadas no Brasil na área de Melhoramento Vegetal se concentra nas grandes culturas, tais como soja, milho, algodão, seguidas de frutíferas, olerícolas, oleaginosas e espécies florestais.

O trabalho detectou ainda como problema a ocorrência de ''''estresse biótico e abiótico''''.

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) é uma organização social que possui contrato de gestão com o Ministério da Ciência e da Tecnologia. A pesquisa é uma ação conjunta com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e tem por objetivo traçar estratégias mundiais na área de segurança alimentar. Os dados foram apresentados pelos pesquisadores Antônio Carlos Guedes, Kátia Marzall e Igor André Carneiro (CGEE).

- Estamos desenvolvendo um trabalho de interesse estratégico, tentando antever o futuro da segurança alimentar. Trabalho que, junto com a FAO, será expandido para a América Latina e o mundo inteiro - disse Guedes.

Segundo Igor, a consulta foi enviada a especialistas de diversos órgãos e empresas ligados à pesquisa, totalizando cerca de 780 entrevistados. Segundo a pesquisa, a maioria dos pesquisadores da área de Melhoramento Vegetal é formada por pesquisadores jovens, na faixa dos 20 a 40 anos. Embora 62% deles sejam do sexo masculino, existe uma tendência de crescimento do número de mulheres atuando na área.

Ainda segundo a pesquisa, grande parte dos pesquisadores encontra-se em universidades públicas (estaduais e federais), além da Embrapa, e só uma pequena parte em empresas privadas. Dentre os que fazem intercâmbio, a maioria está ligada a instituições localizadas na Argentina, nos Estados Unidos e na França.

Edição:Washington Luiz / Fonte: UENF

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