Tiririca vira fenômeno de popularidade e estima-se que ele terá 1 milhão de votos.

Seria a política brasileira uma brincadeira? Quem quer ser político? Por quê? Vantagens, imunidade, prestígio ou poder? O Correio Brasiliense acompanhou o candidato e publicou uma matéria interessante leiam.

Parece brincadeira, mas o humorista Francisco Everaldo Oliveira Silva, 45 anos, mais conhecido como Tiririca, virou fenômeno de popularidade. Uma projeção não oficial feita pelo Ibope estima que ele terá ao menos 1 milhão de votos.

Até agora, Tiririca não apresentou proposta. Sua campanha se resume a piadas na televisão e em corpo-a-corpo na periferia de São Paulo. O Correio acompanhou um dia de campanha do palhaço no bairro de Itaquera, Zona Leste da capital. Por onde passa, uma multidão de pessoas carentes pedem para tirar foto com ele. Em todo momento, ele está vestido do personagem que ficou consagrado em programas de televisão. “Eu sou um sucesso porque eu falo a língua do povo”, vangloria-se. Ele assegura que, se eleito, quem vai assumir é o Francisco e não o Tiririca. “Uso o personagem só por causa do marketing. Em Brasília, vou ajudar as pessoas.”

Quando sai do personagem, Francisco vira um homem tímido chegado à bebida alcoólica. Conta que ganhou o apelido da mãe, já que vivia mal-humorado. Nasceu em Itapipoca, cidade de 114 mil habitantes no sertão cearense. Tem sete irmãos. Começou a trabalhar aos oito anos. Foi vendedor de algodão-doce e de picolé. A carreira como palhaço iniciou no circo. Também foi equilibrista, malabarista e mágico. Nos anos 1990, ganhou projeção com o sucesso da música Florentina.

DENUNCIADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO

Tiririca foi denunciado à Justiça estadual pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) por falsidade ideológica. O humorista afirmou, em entrevista concedida à revista Veja, que declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não possuir nenhum bem, pois teria colocado o seu patrimônio em nome de terceiros, depois de responder a processos de sua ex-mulher. O promotor eleitoral Maurício Antonio Ribeiro Lopes pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Tiririca.

Edição e comentários: Washington Luiz
Com informações do Correio Brasiliense

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