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Gripe suína: vírus sofre mutação, mas estudo descartada a possibilidade de epidemia.

Reprodução -
D.S - Em um artigo publicado ontem no jornal médico Eurosurveillance, cientistas da Austrália e de Cingapura alertam para o surgimento de uma variação genética do vírus H1N1, causador da gripe A, ou gripe suína.

Segundo Ian Barr e seus colegas, o vírus H1N1 sofreu poucas mutações desde o seu surgimento, mas uma nova cepa foi detectada em Cingapura no início de 2010, e essa mutação genética agora já se espalhou pela Austrália e Nova Zelândia.

"Neste momento, essas mudanças na assinatura das proteínas hemaglutinina e neuraminidase não resultaram em mudanças antigênicas significativas que possam tornar menos eficaz a vacina atual, mas tais mutações adaptativas devem ser cuidadosamente monitoradas enquanto o hemisfério norte se aproxima da temporada de gripe do inverno," afirmam os pesquisadores.

Vírus estável

Contudo, o vírus H1N1 mutante pode contaminar pessoas que já foram vacinadas. É possível, embora ainda não haja dados para conclusões, que a mutação seja mais letal.

A mutação do vírus da gripe A era o grande temor dos cientistas. Ao contrário do que se previa, contudo, o H1N1 mostrou-se altamente estável e poucas mutações foram verificadas até agora.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o fim da pandemia de gripe suína em Agosto de 2010, sob inúmeras críticas de que os alertas sobre a epidemia haviam sido exagerados.

Do ponto de vista científico, contudo, os cientistas continuam tentando entender o vírus H1N1.


Nova epidemia de H1N1 é improvável.

Um outro estudo, também divulgado ontem, e que ainda será publicado no Jornal da Associação Médica Canadense, afirma que é improvável que haja uma nova epidemia da gripe A(H1N1).

Apesar disso, Danuta Skowronski e seus colegas da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, recomendam que os adultos acima de 50 anos, particularmente aqueles com condições crônicas, sejam imunizados contra a gripe para a próxima estação de inverno no hemisfério Norte.

O estudo comparou os níveis de anticorpos sanguíneos contra a gripe H1N1, antes e depois da pandemia de 2009. Eles analisaram 1.127 pessoas com idades entre nove meses e 101 anos.

Proteção contra o H1N1

Amostras coletadas antes da pandemia indicam que menos de 10% das crianças e adultos com menos de 70 anos apresentam níveis protetores de anticorpos H1N1, enquanto 77% das pessoas acima de 80 anos apresentam níveis suficientes para a proteção.

No seguimento, após as ondas de infecção e a campanha de vacinação de 2009, os cientistas encontraram uma taxa de proteção de 70% em pessoas abaixo de 20 anos de idade, mas menores taxas de soroproteção em adultos de 20-49 (44%) e 50-79 anos de idade (30%).

Pessoas com idade entre 70-79 anos apresentaram a menor taxa de anticorpos (21%), enquanto aqueles com mais de 80 anos tinham taxas mais elevadas.

Diário Saúde.

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