Advogado cria polêmica ao defender a ética profissional do criminoso.

Reprodução TV - Bandido sai da delegacia rindo e advogado defende a ética profisional do criminoso.

Polícia tem uma pista sobre o assassinato de Felipe de Paiva, 24 anos, ex-aluno do curso de Economia e Administração da Universidade de São de Paulo (USP). Um dos jovens que teria participado do crime se entregou, mas ele saiu livre e rindo da delegacia. Irlan Santiago foi embora da delegacia no fim da noite. Estava ao lado dos advogados e não parecia muito preocupado com a própria situação. Ele foi indiciado por latrocínio, que é o crime de roubo seguido de morte. Irlan disse que o estudante da USP foi morto porque reagiu.

Confira a declaração do criminoso

O jovem que confessou sua participação no crime declarou a Polícia. “Se ele ficasse na dele, tranqüilo, sem reagir, ele não teria tomado bala”, declarou Irlan, que não ficou preso porque se apresentou espontaneamente. Segundo a polícia, é réu primário.

Ele contou que Felipe não foi a primeira vítima a ser abordada na noite do dia 18 de maio. Antes, ele e um comparsa tinham tentado roubar o carro de uma mulher com deficiência, mas desistiram porque, segundo disseram, ficaram com pena.

Criminoso é liberado

Mesmo tendo sido indiciado por latrocínio o delegado Maurício Guimarães Soares teve que liberá-lo após o depoimento. “Em função dessa situação de apresentação espontânea, ele não será preso agora. Ele tem o direito de permanecer em liberdade. Nós vamos ao final do inquérito requerer as medidas cabíveis já para a prisão preventiva.”

Dr. Jeferson Badan, advogado do criminoso, da ética profissional do bandido.

“Uma regra de quem é do crime: nunca entrega parceiro. Todo bandido tem ética. Você é um cara experiente na área criminal, eu sei que você está fazendo essas perguntas simplesmente por fazer, porque você sabe que em todas as profissões tem ética”, disse o advogado.

Momento Verdadeiro/com informações do G1.