"Saara": Multidão procura presente de Natal no maior comércio a céu aberto do Rio.


Mais de 1 milhão de pessoas devem passar hoje pelas lojas do comércio da Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega) formado por 1.200 lojas. Maior comércio a céu aberto do Rio, congrega comerciantes imigrantes e seus filhos, como árabes (sírios e libaneses) e judeus,  que convivem nas ruas espremidas pelo público que hoje superlota as 11 ruas do mais tradicional comércio do centro.
(Foto reprodução internet)
Muita gente leva a criançada para comprar brinquedos e roupas. Quem não leva os filhos escolhe o presente pedido nas cartinhas de Natal. É o caso de Helena Silva Lopes, que comprou um carrinho para o filho Matheus, de 5 anos. Helena disse que "aqui tem muita variedade, e é mais fácil encontrar presentes a preços mais baixos".

A gerente Maria das Graças Rodrigues, da loja Aidan, na rua da Alfândega, 333, de brinquedos e artigos natalinos, onde Helena comprou o presente para o filho, disse que as vendas neste ano caíram entre 10% e 12% em relação ao ano passado. Segundo ela, o que pode ter acontecido é uma queda no poder aquisitivo das pessoas, já que o público está muito bom. "Essa semana teve uma queda nas vendas, apesar do grande movimento".

Para Sinésia Fortes, de 78 anos, que saiu de Jacarepaguá, na zona oeste da cidade, as lojas estão cheias e, se as vendas caíram, é porque os comerciantes subiram os preços. Ela disse que foi comprar uma camisa para dar de presente de Natal para o faxineiro do seu prédio, e que sabia onde iria comprar tecidos para fazer a roupa do réveillon. Sinésia disse ainda que as pessoas que compram na Saara pesquisam preço. "A pessoa compra onde é mais barato", explicou.

O presidente da Saara, Ênio Bittencourt, disse que não houve queda nas vendas de fim de ano e sim um aumento de 10% a 15% em relação a 2011. "Não adianta o comerciante ter a loja cheia de produtos se não sabe vender. O comércio daqui é de preços baixos e o consumidor da Saara pesquisa preços para levar o que está mais em conta", observou.

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

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