Casal cria perfil no Facebook para denunciar racismo contra filho de 7 anos.

A frase, que teria sido dita por um vendedor de loja de carros de luxo para o filho adotivo negro do casal de clientes, causou revolta na internet. "Essa loja não é lugar para você, pode sair daqui!". A partir dessa frase dita, o casal foi questionar o motivo da atitude do vendedor e disseram ter recebido a seguinte resposta: "Esses meninos ficam pedindo dinheiro aos clientes!". A informação é do jornal O Dia.
(Reprodução/ Facebook)
Segundo a publicação, o consultor Ronald Munk e sua esposa, a professora Priscilla Celeste, pais da criança de 7 anos, criaram sábado um perfil no Facebook, para relatar o preconceito sofrido por sua família e seu filho. 

O título escolhido pelo casal foi: "Preconceito racial não é mal-entendido. É Crime!" e já tem 45.361 curtidas até o momento e o caso ganhou repercussão na mídia nacional e internacional.

Ainda de acordo com a publicação, a fanpage criada no Facebook é um espaço que serve para as pessoas relatarem casos racistas e encontrem ali a solidariedade que precisam. Para Lúcia Xavier, coordenadora da ONG Criola, ações nas mídias sociais têm papel importante na difusão desse tipo de caso, que precisa ser encarado como crime

A publicação relata que, segundo Priscilla (mãe do menino), o casal entrou na concessionária Autokraft da BMW, na Barra da Tijuca, da qual já era cliente, e foi atendido por um profissional identificado como José Carlos. O comerciante teria ficado sem reação ao saber que a criança “expulsa” por ele era filho do casal.

“Ainda que meu filho fosse uma criança desamparada, não poderiam ter agido daquela forma. Ele não estava interpelando ninguém”, desabafou a mãe. O menino, há 5 anos com a família, não percebeu a discriminação. “Ele perguntou o motivo de não aceitarem crianças na loja se a TV estava ligada num canal infantil”.

A BMW Brasil formalizou um pedido de desculpas. Questionada pela família, a Autokraft também mandou e-mail sete dias após o ocorrido com o título “Desculpas”, no qual define o ocorrido como um “mal-entendido”. “O que ocorreu não foi um ‘mal-entendido’, foi um caso claro de discriminação. A tentativa de pôr panos quentes em um ato criminoso é o que gera a nossa revolta”, disse Priscilla.

Em nota, a BMW informou que tomou conhecimento dos fatos por meio de email enviado em 16 de janeiro de 2013 por Ronald e Priscilla e solicitou esclarecimentos à Autokraft por meio de notificação entregue na mesma data. "O BMW Group informa ainda que nenhum funcionário seu esteve presente na data do acontecimento narrado, não podendo dessa forma atestar a veracidade dos fatos relatados por parte dos clientes, tão pouco da concessionária."

Segundo a nota, "confirmamos que o BMW Group, apesar de não ter conhecimento dos fatos, em respeito aos seus clientes, enviou mensagem aos mesmos, desculpando-se pelo ocorrido e explicando a sua relação jurídica e comercial com a concessionária, a qual é regida pela lei nº 6729/79, que proíbe o BMW Group de adotar qualquer postura que influencie a gestão administrativa da concessionária e desautoriza a empresa a intervir ou influenciar nas atividades diárias de seus concessionários".


Momento Verdadeiro| Com Agências

Comentários

  1. É sempre assim as pessoas só "veem o que realmente querem ver"... Que vergonha desse grupo tão renomado!!! Por outro lado, parabéns a esses pais pois coragem é uma virtude!!!

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