Padre excomungado defendia casamento gay.

(Reprodução|Facebook)

O padre Roberto Francisco Daniel, de 48 anos, foi excomungado da Igreja Católica nesta segunda, 29 de abril. Em comunicado, a Diocese de Bauru anunciou a excomunhão do religioso pela atitude “incompatível” com as obrigações sacerdotais. “Em nome da “liberdade de expressão” (o padre) traiu o compromisso de fidelidade à Igreja a qual ele jurou servir no dia de sua ordenação sacerdotal”, diz a nota

Padre Beto defende o aceitamento do casamento homossexual. Em vídeo publicado na internet, o padre havia defendido que a igreja deveria aceitar a união de pessoas do mesmo sexo e banir a distinção de pessoas por sua sexualidade. “Se a ciência humana está constatando que hoje não dá mais para enquadrar seres humanos em homossexuais, bissexuais ou heterossexuais, nós deveríamos simplesmente nos ver como seres sexuados, e que o amor pode surgir em qualquer um desses níveis”, defendeu então.

O sacerdote era conhecido por frequentar locais como bares e beber cerveja, além de usar camisas de bandas de rock, como Pink Floyd, tal qual mostra seu perfil no Facebook.

Neste domingo, 28, padre Beto fez sua última missa em Bauru, cidade a 300 km da capital paulista, em evento concorrido na cidade. Ele disse aos fiéis que deixaria de exercer funções religiosas após se desentender com a cúpula da Igreja há alguns meses, mas poderia voltar um dia.

A Diocese de Bauru convocou um padre canonista perito em Direito Penal Canônico para aplicar a Lei da Igreja. O Bispo Diocesano, Caetano Ferrari, 70 anos, já havia dado chance para que Roberto Daniel se retratasse das declarações, o que não ocorreu. O padre ainda não se manifestou sobre a decisão da Diocese. (Com informações da revista Exame).

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