Black blocs serão indiciados por formação de quadrilha armada em SP.

São Paulo - A Polícia Civil vai indiciar cerca de quarenta pessoas acusadas de comandarem ações de black blocs em manifestações que terminaram em conflitos, quebra-quebra e depredações. 
De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), responsável pela investigação, os suspeitos serão indicados pelos crimes de formação de quadrilha armada no inquérito que associa black blocs a uma organização criminosa. Segundo o DEIC as acusações formais devem acontecer nesta terça-feira. 

Segundo o delegado responsável pelo caso, Wagner Giudice, que trabalhou em parceria com a Polícia Militar e o Ministério Público, reunindo provas e fotos de pelo menos trezentos potenciais black blocs, os suspeitos já foram listados e são investigados. Os dados foram compilados em boletins de ocorrência registrados em protestos e informações conseguidas com membros dos black blocks presos durantes as manifestações, e liberados em seguida. 

De acordo com informações divulgadas na revista VEJA, câmeras de celulares, fotos postadas no Facebook e até convocações para manifestações foram rastreadas pela polícia para que o cerco aos quarenta responsáveis pelo movimento fosse feito. Até mensagens via SMS foram rastreadas. Nenhum suspeito está preso. 

Um arquivo com mais de 700 fotografias de pessoas que foram averiguadas e apontadas como manifestantes violentos foi reunido e servirá de base para incriminar possíveis envolvidos em ações de vandalismo e depredações. 

A diferença, segundo a polícia, entre black blocs e manifestantes pacíficos é o tipo de arsenal que carregam. Black blocs, em geral, vão aos protestos munidos de paus, pedras e artefatos explosivos, como coquetel molotov, e morteiros. Parte desses objetos foi apreendida com suspeitos detidos, segundo o DEIC. 

(*) Com informações da revista VEJA | Foto: Fabio Braga/Folhapress.

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