Alta do tributo da cerveja será maior que o anunciado, diz Receita.


No começo do mês a Receita anunciou uma elevação nos preços de alguns produtos, entre eles a cerveja, o que deveria elevar os preços, em 0,4%, em média. A tributação das cervejas, isotônicos, refrescos e energéticos, entre outros, foi elevada em 1º de abril, com a atualização do redutor que define a tributação do IPI, PIS e Cofins sobre estes produtos.

Sendo que na terça-feira (29), o Fisco havia informado que o aumento nos tributos poderia levar a um reajuste médio de 1,3% nesses produtos a partir de 1º de junho, quando a medida entra em vigor. Porém a Secretaria da Receita Federal  informou nesta quarta-feira (30) que o percentual de reajuste das bebidas frias, que englobam cervejas, refrigerantes, refrescos, isotônicos e energéticos, será maior do que o anunciado anteriormente.

O órgão informou que o aumento será de 2,25% a partir de junho. O reajuste mais alto, inclusive, já foi publicado no "Diário Oficial da União" de quarta, por meio da portaria 221.

O Fisco informou na terça que a alta dos tributos sobre a cerveja e demais bebidas frias representará um aumento da arrecadação de R$ 1,5 bilhão apenas entre junho e dezembro de 2014, valor que foi confirmado novamente nesta quarta-feira (30).

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"Após ajustes na planilha divulgada, o montante de variação dos preços estimados no varejo aos consumidores poderá ser de até 2,25%, em média, e não 1,3%. Os números publicados nas tabelas da Portaria nº 221, de 29 de Abril de 2014, estão corretos e de acordo com o processo que tramitou para o encaminhamento da medida às instâncias decisórias", informou o órgão.


Embora precise de recursos, o governo negou que o objetivo, com essa medida, seja compensar os R$ 4 bilhões injetados pelo Tesouro no setor elétrico, para cobrir os custos extras das distribuidoras em 2014 com o uso mais intenso das usinas termelétricas, que produzem energia mais cara, e com a compra de energia no mercado à vista, onde o preço atingiu patamar recorde.

A indústria do setor reclamou da alta do imposto do produto, ainda quando o valor era mais baixo. A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) disse ter sido surpreendida com a segunda alta dos tributos sobre o segmento de bebidas frias em menos de um mês e contabilizou em mais de 30% o aumento de impostos do produto desde abril do ano passado (incluindo a elevação prevista para 1º de junho). Os eventuais repasses de preços serão definidos por cada empresa, informou a associação.

Com informações do G1

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