Graça Foster diz à CPI que Petrobras não compraria Pasadena hoje.

Graça Foster volta a apontar falhas de resumo executivo ao depor em CPI. Sem apresentar novidades, a presidenta da Petrobras continua sendo ouvida na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga irregularidades na estatal. Tal como nas outras duas vezes em que esteve no Congresso - uma no Senado e outra na Câmara - a executiva voltou a apontar falhas no resumo executivo apresentado ao Conselho de Administração da estatal na reunião que aprovou a compra de 50% da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

Para Graça Foster, as cláusulas- Marlim e Put Option - que não constavam do resumo executivo tratando da compra da refinaria "são extremamente importantes" para a decisão sobre Pasadena. A primeira assegurava à Astra Oil, que era sócia da Petrobras no negócio, uma rentabilidade mínima de 6,9% ao ano. Já a Put Option, ou opção de venda, obrigava a Petrobras a comprar a participação da Astra em caso de conflito entre os sócios.


“À luz da situação atual, é fato que hoje não foi um bom negócio”, disse Graça Foster. “No futuro próximo, é possível que haja melhoria [na lucratividade do negócio], mas não seria feito de novo”, afirmou.

Sobre a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, Graça Foster reconheceu que a obra está com três anos de atraso. Segundo ela, a projeção de custo da refinaria está em US$18,4 bilhões. "Não seria possível construir Abreu e Lima por US$ 2,4 bilhões", garantiu.

O depoimento segue com o quórum esvaziado, com a presença de apenas quatro dos 13 titulares, dos quais nenhum representante da oposição, que abriu mão de participar da comissão exclusiva do Senado para aguardar a instalação de uma CPI Mista – composta por deputados e senadores - que consideram mais equilibrada para investigar irregularidades na estatal. A CPMI deve ser instalada amanhã (28). Acompanhe nossas atualizações pelo Facebook Twitter.

Fonte: Agência Brasil.

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