Dilma faz balanço das políticas de infraestrutura do País.

Durante a 43ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), a presidenta Dilma Rousseff fez um balanço das ações de governo para melhoria da infraestrutura e inclusão social do País. 

Em seu discurso, a presidenta fez uma análise do que foi feito até o momento por meio do PAC, do Minha Casa Minha Vida e do Pronatec e citou as diretrizes futuras desses projetos. "Pretendemos continuar criando ambiente favorável para o aumento e aceleração dos investimentos em infraestrutura para aumentar a competitividade do País", disse.

Dilma destacou o sucateamento dos órgãos de planejamento (público e privado) e a desvalorização salarial de profissionais dessa área (engenheiros, gestores) na gestão pública: “Não tinha experiência disseminada de engenheiros. Lembro quando fui discutir sobre conteúdo local para fazer plataformas, não havia projetistas, porque um projetista trabalha de acordo com a disponibilidade de recursos industriais. Como os projetos eram executados lá fora, engenharia era feita segundo a lógica, dinâmica e características da indústria lá de fora”, afirmou.

A presidenta também mencionou que essa foi uma das mudanças mais necessárias e ressaltou a importância da parceria entre governo federal e iniciativa privada na execução da maioria dos projetos. 

PAC - Sobre o Programa de Aceleração do Crescimento, Dilma Rousseff afirmou que foram ampliadas as capacidades de planejamento e execução. A presidenta também citou a criação do marco regulatório do setor elétrico, do Luz para Todos e do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

“O mercado atacadista de energia era ótimo, mas não pagava, tinha troca de energia mas não tinha pagamento. Quem é do mercado lembra bem essa característica (...) Fizemos 19 mil linhas de transmissão, 20 mil MW de  energia e concedemos 6 aeroportos. São 21 autorizações emitidas, num total de R$ 9 bi”, destaca a presidenta.

Ao tratar sobre crédito, Dilma exaltou a melhora nas condições para o investimento privado. “Aperfeiçoamos modelos, caso do Rede, Reporto e Repetro. Criamos melhores condições de crédito, juros menor, prazo maior e carência”, afirmou a Presidenta.

Ao citar as concessões de rodovias, Dilma abordou a mudança no modelo de rodovias e de cessão à iniciativa privada. “Mudamos o modelo de rodovias, no que se refere à concessão. Ninguém concedia para ampliar rodovias. Não houve concessão de duplicação, de terceira pista. Para que se concedia rodovia? Para manter o que não era bom.”

Segundo Dilma, no PAC 2, o modelo foi alterado estipulando a cobrança de pedágio somente após a conclusão de 10% do empreendimento e o período total de conclusão foi delimitado em 5 anos.

De acordo com a presidenta, os estados e municípios brasileiros já utilizaram R$ 120 bilhões, dos R$ 143 bilhões liberados pelo governo federal para obras de infraestrutura. “Nesse período, com o PAC 2, concedemos 5.348 km de rodovias. Somados ao concedido no governo Lula, 3.281 km, totaliza 8.630 km de rodovias concedidas. O que mostra que conseguimos dar um salto na concessão. E mudamos o modelo de concessão de rodovias, o que vai ser importante no PAC 3 para se ter uma ampliação das concessões, e para ter uma ideia, 15% da malha rodoviária federal”, disse.

“Queria destacar que além disso, apoiamos e construímos 13 estaleiros. Somados com 5 do governo Lula, dá 18 estaleiros”, completou a presidenta.


Petróleo e gás - Dilma exaltou o modelo de partilha sobre as áreas do pré-sal e ressaltou o forte interesse de empresas estrangeiras. “Não há certeza de achar petróleo, e na partilha, sabe onde está o petróleo, a quantidade e a qualidade. Isso que explica que a Shell e a Total e duas empresas cuidados chinesas, as duas maiores do mundo em comercialização e refino tenham se disposto a pagar R$ 15 bilhões para 75% da renda pra nós e 25% pra eles. Justamente pelo retorno esperando e garantido.”

Minha Casa Minha Vida - Sobre o projeto de habitação, Dilma citou as metas estabelecidas e a necessidade de prosseguimento dessa política. “Nós definimos, inicialmente, a contratação de 2 milhões (de moradias), passamos para 2,4 milhões de moradias, e chegamos ao final de 2,750 milhões de moradias”, disse.

Segundo a presidenta, se for somado o total de moradias contratadas no Minha Casa Minha Vida 1 e 2, foram registradas 3,750 milhões de moradias. “Já entregamos 1,720 mi de moradias, e contratamos 1,706 mi de moradias, faltam umas 350 mil moradias. E com uma grande parceria com setor privado, porque esse programa foi concebido com eles”, afirmou

Fonte: Portal Brasil.

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