Greve dos metroviários de São Paulo é ilegal, diz TRT.

São Paulo - A greve dos metroviários, que já dura quatros dias, foi considerada abusiva pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A Corte manteve as multas diárias de R$ 100 mil aplicadas aos sindicatos. Se os trabalhadores decidirem pela continuidade da greve mesmo após o julgamento do dissídio, a multa passará a ser de R$ 500 mil por dia.  "Das 0h do dia 5 até aqui, nós vamos computar 100 mil por dia de multa, pode ser considerada por fração. Depois do julgamento, as partes estão cientes, nós vamos computar 500 mil por dia", afirmou o desembargador Rafael Pugliese.


Ficou definido ainda que não haverá estabilidade de emprego para os grevistas e que os dias parados serão descontados. "A greve realizada de forma irregular não pode ser fundamento do pagamento de um trabalho que não existiu", disse Pugliese, que exige o fim imediato da paralisação. 

O tribunal interferiu na pauta de reivindicações salariais e ratificou a proposta feita pelo Metrô. "Defiro o índice de 8,7% dos salários de 30 de abril de 2014 oferecido pelo Metrô", disse o desembargador Segundo ele, é preciso considerar a "boa fé e capacidade financeira" de pagamento do Metrô. Os metroviários pedem aumento de 12,2%. Após consenso entre as partes, o piso salarial será de R$ 1.606,69, menor valor pago hoje pela Companhia. O plano de carreira será discutido daqui a seis meses.

 "O resultado do tribunal obviamente não agradou a categoria metroviária. Esse reajuste é inferior ao que o próprio núcleo do tribunal tinha proposto, isso significa que o TRT cedeu à proposta do Metrô, que é inferior", disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Melo dos Prazeres.

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Em nota, o Metrô declarou que respeita a decisão TRT e que cumprirá as determinações da Justiça. "A Companhia aguarda o retorno imediato dos empregados ao trabalho para que o sistema volte a operar integralmente. Os excessos apurados durante a greve serão tratados em conformidade com os instrumentos internos e a legislação trabalhista", afirma o texto.

Fonte: G1.


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