Debate na Band: Pezão cita Garotinho e Edir Macedo contra Crivella.


A Rede Bandeirantes em parceria com o Grupo Fluminense promoveram o primeiro debate do 2º turno da disputa para o governo do Rio de Janeiro. O candidato do PRB, Marcelo Crivella e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição participaram do evento realizado nesta quinta-feira a noite no Teatro Oi Casagrande, na Zona Sul do Rio.

Durante o debate, Pezão pergunta a Crivella qual seria o papel de Garotinho e do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e tio de Crivella, em seu governo. O senador disse fazer “campanha modesta”. Pezão, então, reagiu: "Muito triste, senador, o senhor afirmar que sua campanha não tem recursos, a gente sabe o que a sua organização, a Igreja Universal, faz, durante toda a campanha eleitoral. A Igreja Universal já virou um partido político, tem canal de televisão, faz uma campanha dessa, escolhe os candidatos que quer eleger na democracia que a gente vive. É isso que a gente tem que estar atento neste segundo turno. Ver como está sendo utilizada, e a gente viu um pastor utilizando o púlpito para fazer os ataques que fez à minha candidatura".

Crivella diz que Garotinho não vai influenciar em governo.

Em seguida, Pezão perguntou a Crivella: "Como você vai implementar os programas sociais? Vai ser o Garotinho ou o bispo Edir Macedo que vai conduzir os programas sociais aqui? — perguntou Pezão, que no bloco final chamou Crivella de “governador da Igreja Universal".

Ao responder sobre os programas sociais, Crivella disse que Pezão já foi aliado de Garotinho: "O Garotinho foi quem trouxe você para a capital, te ajudou, Pezão. Seu amigo, te orientou, te estendeu a mão. E você esteve comigo no Templo de Salomão e foi tão cordial com o bispo Macedo, abraçou — disse. — Os meus aliados foram na verdade seus companheiros e você hoje os trai".

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Afirmando que nunca misturou política com religião em sua vida pública, Crivella lembrou o episódio dos guardanapos e disse que, caso eleito, não iria para Paris. "O problema não é o risco e política com religião, é o risco de política com corrupção" — disse Crivella.

Ataques em relação à política de Transporte no estado e críticas sobre a Saúde foram o foco dos primeiros blocos do embate. O candidato do PRB, Marcelo Crivella, falou em “caixa-preta” ao criticar o papel dado à Fetranspor para administrar o Bilhete Único, e atacou o uso de Organizações Sociais (OSs) na área da Saúde estadual."Tenho preocupação com o Transporte no estado. Seu governo e o do Cabral deram ênfase aos ônibus, subsídios, 80% da tarifa. Por que isso? Por que não investir em trens, VLTs, barcas?"


Ao responder Crivella, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição, confundiu-se e o chamou de “governador” em vez de “senador”. "Governador... Senador, se teve um governo que fez o dever de casa no Transporte foi o nosso — disse Pezão, afirmando que foi renovada toda a frota de trens, que antes eram de dez e agora são “130 com ar condicionado”; o governador também aproveitou para criticar os governos Garotinho e Rosinha, aliados de Crivella agora no segundo turno. — Tínhamos 4 barcas alugadas. Alugamos mais cinco e compramos mais 9. Botei em licitação mais 4 para o ramal da Ilha do Governador. Há muito o que fizer, seus aliados não fizeram".


Pezão defendeu o metrô para a Barra e afirmou que a Região Metropolitana “tem a maior renda per capita do Brasil”. "(O Bilhete Único) É subsídio direto no CPF do cidadão —disse o governador, destacando que os “aliados” de Crivella não fizeram “nenhum investimento". O senhor criticar o Bilhete Único é lamentável. A maior política de transferência de renda, não tem intermediário". — Não sou contra o Bilhete Único, sou contra isso ter sido colocado para a Fetranspor administrar, é o único lugar do mundo onde isso acontece — disse Crivella.

O senador baseou seus ataques a Pezão no fato de que ele já teria tido oportunidade de fazer o que promete agora: — Pezão, esse discurso é meu. Eu sou oposição. Você tem que dizer o que já fez, não o que vai fazer — disse o candidato do PRB, que durante o debate repetiu a frase “Quem não fez quando podia não fará quando puder”.

Ao serem perguntados qual seria o primeiro ato como governador, Pezão e Crivella responderam com ações na Saúde. O candidato à reeleição afirmou que o primeiro ato seria visitar a Santa Casa de Misericórdia. — Fizemos parceria agora com a (universidade) Estácio (de Sá) e vamos tornar a Santa Casa um hospital-escola — disse Pezão, prometendo também reabrir 750 leitos fechados.

Já Crivella respondeu que o primeiro ato é “reorganizar a Saúde no estado”: — Vou fazer uma auditoria nas OSs. Metade do orçamento do estado em OS é um risco, porque tem interferência política em um monte de OS. Muitas delas quebram, não pagam obrigações trabalhistas. Estado não pode prescindir de carreira na Saúde.

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Pezão disse que as OSs é que “estão permitindo que no estado o cidadão seja atendido no Hospital do Cérebro com o dr. Paulo Niemeyer” e que “a gente seja hoje o 2º em transplantes” . A Segurança foi o ponto alto do terceiro bloco. Crivella falou de uso político das UPPs, que teriam se expandido sem planejamento. Já Pezão, ao defender o policiamento nas comunidades, disse que as organizações de direitos humanos deveriam se solidarizar com os policiais.

Fonte: O Globo.

Comentários

  1. Fica difícil escolher. Por um lado alguém que merece crédito, mas a tira-colo vem a turma da Universal que, convenhamos é difícil de engolir. Do outro a continuação de um grupo de sangue-sugas.

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    1. mas acho que devemos dar uma oportunidade ao crivella, se ta ruim pior não fica, acho ele bem sincero e entende bem das coisas. pezão não continuação do Cabral não vale a pena. to com crivela e 10.

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