Durante debate na Globo, Luciana e Eduardo batem boca com Fidelix por fala contra gays.


Eleições 2014 -  Durante o último debate na TV Globo, Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) protagonizaram a discussão mais ríspida do debate ao rivalizarem com Levy Fidelix (PRTB). O motivo foi a fala de Fidelix em relação aos gays, durante o debate na Record, na segunda-feira (29). Na ocasião, o candidato do PRTB disse frases polêmicas sobre o assunto, ao declarar que "o aparelho excretor não reproduz" e pregar o "enfrentamento aos gays".

Eduardo Jorge, que tinha a prerrogativa de fazer a pergunta, propôs que o adversário se desculpasse pelo que disse anteriormente. Fidelix, então, foi a carga: "Você não tem moral nenhuma", disparou. "Propõe que os jovens consumam maconha, apologia ao crime", disse, referindo-se à proposta de descriminalização da maconha do PV. Jorge, então, disse que diversas entidades e partidos entraram na Justiça contra Fidelix, pedindo inclusive que a candidatura dele fosse impugnada. "Vamos nos encontrar na Justiça, eu como testemunha", afirmou.
Em seguida, foi a vez de Fidelix perguntar — e a única adversária disponível para responder era Luciana, que não havia sido questionada ainda. No debate de segunda, uma pergunta feita exatamente pela candidata do PSOL estimulou a resposta de Fidelix sobre os gays.

Dilma, Marina e Aécio se atacaram em todos os blocos do debate.

O candidato do PRTB aproveitou a chance para dizer que Luciana não cumpria palavra. Ele citou um acordo que ambos teriam feito, no debate da Record, para que ela pudesse fazer uma pergunta a Marina Silva (PSB). "A senhora mandou seu ex-marido me procurar para pedir que não fizesse pergunta porque queria questioná-la [a Marina] sobre economia", disse. "Mas você não fez o combinado. Você será uma presidente que não cumpre o acordado?", perguntou.

Luciana ignorou a pergunta completamente e voltou ao assunto da homofobia: "O teu discurso de ódio é o mesmo discurso que os nazistas fizeram contra os judeus", disse. "Você só falou o que falou, porque não há lei que torne homofobia crime", disse. Ela disse que Fidelix deveria ter sido preso, mas isso não aconteceu porque a homofobia não considerada crime no país. Luciana defendeu, então, que seja aprovada a criminalização, postura defendida por seu partido. "Para que pessoas que fazem um discurso como o seu saiam algemadas", disse. "É assim que você deveria ter saído daquele debate."

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Por fim, Fidelix lançou mão do artigo quinto da Constituição Federal, ao citar seu direito à liberdade de expressão. "Em nenhum momento fiz apologia ou pedi para que as pessoa atacassem alguém. Eu tenho direito de expressar minha posição católica cristã. Não estimulei nada."

No bloco seguinte, Fidelix e Luciana voltaram ao embate, novamente com o candidato do PRTB perguntando. O tema sorteado para a pergunta foi descriminalização das drogas —ele, de novo, escolheu a candidata do PSOL. Logo a homofobia veio à tona. Fidelix se defendeu, dizendo que não deveria ser preso: "Eu sigo a lei". Luciana retrucou: "Sairia [preso] se a homofobia fosse crime". Com informações da Folha de S. Paulo.

Datafolha: Dilma tem 40%, Marina, 24%, e Aécio, 21%.

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