Em meio a brigas, Lula é aclamado em ato pela Petrobras.

Lula foi aclamado em ato pela Petrobras no Rio de Janeiro. O ex-presidente do Brasil foi estrela da manifestação organizada pela Confederação Única dos Trabalhadores (CUT) e Federação Única dos Petroleiros (FUP) em defesa da estatal, conforme informou o Estadão. Mas nem tudo foi festa, o evento teve clima de tensão e várias brigas entre sindicalistas e pessoas contrárias ao PT antes mesmo de começar, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio de Janeiro. O ex-presidente chegou ao prédio escoltado por policiais e não falou com a imprensa.

No auditório lotado da ABI, Lula foi aclamado. Os presentes gritaram "Lula guerreiro do povo brasileiro" e "Lula sai do chão, o petróleo é do povão". De acordo com o Estadão, além do ex-presidente, representantes sindicalistas, artistas e políticos do PT compareceram ao ato. O líder do Movimento dos Sem-Terra (MST) João Pedro Stédile, e o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, também subiram ao palco. 

Ato para defender a Petrobras é maracado por confusão e discurso político


Embora organizada por apoiadores do PT e do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), a manifestação também atraiu dezenas de militantes contrários ao partido. Por isso, desde as 17h30 já havia um clima de confronto entre os dois grupos. A equipe de reportagem do "Estadão" presenciou muitas brigas pontuais entre ativistas, e até ovos foram lançados entre as partes. Em outro momento, enquanto um grupo de manifestantes gritava "Olê, olê, olá, Lula, Lula", outros ativistas faziam coro: "Lula ladrão, Lula ladrão".

Os manifestantes carregavam faixas com dizeres como "Para defender a Petrobras é preciso Constituinte" e "Defender a Petrobras é defender o Brasil". Os cartazes são assinados pela Federação Única dos Petroleiros e pela CUT.


Em meio ao clima tenso, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, repetiu nesta quarta-feira a posição da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em relação ao esquema de corrupção investigado na Petrobras. Assim como Dilma, Freitas afirmou que pessoas e não a empresa devem ser punidas pelo desvio de recursos. Ao ser questionado sobre o suposto envolvimento do PT (partido ao qual a CUT é ligada) no esquema, ele acrescentou que "não importa quais sejam os implicados, qualquer partido que seja, tem que se investigar, não discutimos inviabilizar a CPI ou qualquer outra investigação", afirmou.

O presidente da CUT não deixou de estender as responsabilidades sobre a corrupção na Petrobras ao período em que a presidência da República era ocupada pelo tucano Fernando Henrique Cardoso. "A corrupção de todos os governos, se houver, tem que ser punida", afirmou.

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Fonte: Estadão