Governo fica surpreso com renúncia da presidente da Petrobras.

Governo fica surpreso com renúncia de Graça Foster. Segundo o jornalista Gerson Camarotti, integrantes do primeiro escalão do governo foram pegos de surpresa com a decisão da presidente da Petrobras, Graça Foster, e de toda a diretoria da estatal de apresentar a renúncia em nota divulgada nesta quarta-feira (4).

Petrobras anuncia renúncia de Graça Foster da presidência da estatal.

"Nas palavras de um auxiliar direto da Presidência, o clima ontem no Palácio do Planalto não era esse. A expectativa era de que Graça deixaria o comando da estatal a curto prazo, mas só depois que um nome para substiui-la tivesse sido previamente anunciado", postou o comentarista político da GloboNews.

Camarotti diz que a avaliação no governo é de que a divulgação de detalhes da conversa entre Dilma e Graça Foster realizada nesta terça (3) acabou precipitando a decisão da presidente da Petrobras, que manifestou durante a reunião estar abalada psicologicamente.
Segundo o jornalista, "ministros do governo dissseram que o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, trabalha nos bastidores para influir na escolha do sucessor no comando da companhia".


Ainda de acordo com Gerson, no Planalto, a avalliação é de que o governo está pressionado a apresentar rapidamente o nome do novo presidente da estatal e de toda a diretoria. Até então, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, trabalhava para encontrar nomes do mercado para substituir conselheiros da Petrobras. A ideia original era fazer uma transição gradual em todo o comando da empresa, mas os últimos fatos acabaram fazendo com que a mudança ocorresse de forma abrupta.

Preferência do ex-presidente Lula   

Já o ex-presidente Lula tem manifestado, de forma reservada, preferência pelo nome do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por ter crediblidade internacional. No passado, Dilma e Mercadante tinham resistências à política monetária adotada por Meirelles.
   
Fonte: Blog do Gerson Camarotti | Portal G1