Paraibuna sobe, mas Governo do RJ cria gabinete de emergência.


Neste fim de semana, a chuva que atingiu o Sudeste, fez com que o reservatório Paraibuna, um dos quatro reservatórios da bacia do rio Paraíba do Sul que abastecem o estado do Rio, saísse do volume morto. O reservatório Paraibuna estava usando água do volume morto, desde 21 de janeiro, passou de -0,19% de sua capacidade, na quinta-feira (5), para 0,08% ontem.

O reservatório de Santa Branca, que também estava no volume morto desde 26 de janeiro, continua negativo: estava em -3,84% na quinta e passou a -3,87% no domingo. O volume total do sistema passou de 1,21% para 2,17%, de quinta a domingo. Os outros dois reservatórios dessa bacia são o Jaguari, que está com 3,19% de sua capacidade, e o Funil, o único que fica no estado do Rio, que está com 13,05%.

Mesmo com esse momento para respirar, diante desta crise hídrica que atingiu o Brasil, o governo do Rio de Janeiro pretende desenvolver um projeto com quatro empresas do Distrito Industrial de Santa Cruz, na zona oeste, para a utilização da água de reúso na região da Baia de Sepetiba, onde deságua o Rio Guandu. O secretário de estado do Ambiente, André Corrêa, reuniu-se com representantes das empresas nesta segunda-feira, 9, para definir as estratégias. Por conta desse projeto foi criado um gabinete de emergência.


O novo gabinete vai analisar também a necessidade de fazer desapropriações de imóveis que fiquem nos locais das obras, tanto do enrocamento como da construção de uma nova adutora. O prazo das construções também será decidido em encontros semanais. “Não pode ser mais do que três meses. Estamos analisando isso. Tem que ser uma construção rápida. Já a construção de uma adutora de 14 quilômetros, eles vão escolher os estudos”, revelou o secretário.

secretário de estado do Ambiente, André Corrêa, antecipou, ainda, que outros segmentos da indústria que operam na região também serão convidados para debater mecanismos que estimulem o consumo eficiente em suas linhas de produção e disse que depois de definidos os projetos para atender a esta região industrial, ele pretende discutir com a Petrobras a questão do reúso de água para a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense. “A gente acha que pode ter também um uso mais eficiente de água. Por exemplo, ela tem uma outorga hoje que é de uma água nobre que podia ser usada para abastecimento humano e vamos discutir com ela. Isso não acontece de uma hora para outra, de simplesmente cortar o abastecimento de uma empresa que é importante para a economia do estado que gera emprego, que gera renda. Precisamos agir com responsabilidade. Há uma possibilidade técnica, não é coisa de curto prazo, porque precisa de obra”, analisou.
   

Com informações da Agência Brasil e do Exame