Flamengo bate Cruzeiro e entra no G-4.

Brasileirão - Após resultados favoráveis nos primeiros jogos da rodada na quarta-feira (09.09), o Flamengo precisava de uma vitória para entrar no G-4. E foi com os três pontos que a delegação rubro-negra saiu do Maracanã. Na noite desta quinta-feira (10.09), o Mais Querido contou com dois golaços de Alan Patrick, artilheiro do Flamengo no Brasileirão com cinco gols, e Luiz Antonio para vencer o Cruzeiro, pela 24ª rodada do campeonato. Com o resultado, o clube tem 38 pontos e está em quarto lugar na tabela.

O próximo desafio da equipe será no domingo (13.09), às 16h, contra a Chapecoense, na Arena Condá. 

Após a vitória, o treinador Oswaldo de Oliveira falou à imprensa. O técnico elogiou a mudança de postura da equipe rubro-negra no segundo tempo e a qualidade do elenco para superar a ausência de atletas - suspensos, convocados ou lesionados. Além de fazer uma análise do confronto, o comandante ainda encheu de elogios a Nação Rubro-Negra, um show à parte no espetáculo da noite desta quinta-feira (10.09), no Maracanã. 

Confira a entrevista coletiva na íntegra:

Análise da partida

- Foi um jogo que teve mudança de postura das duas equipes do primeiro para o segundo tempo. O Cruzeiro veio apostando no nosso erro no primeiro tempo, nos dificultou, atuaram bem compactos, tentando explorar o contra-ataque. Este tipo de postura acontece quando você espreme os espaços. Isso muito em função do "transplante de coração" que o Flamengo fez hoje (com a entrada de muitas peças no time titular). Tiramos um coração e botamos outro. Até se adaptarem os jogadores que não vinham jogando, levou um tempinho. Até que veio o gol. Foi uma combinação que a gente preparou nos treinos lá no Ninho. Assim como o jogo do Avaí, foi muito parecido (a jogada). No segundo tempo, nós invertemos as posições. Assumimos a postura que o Cruzeiro tinha no primeiro tempo. Obrigamos que eles entrassem no nosso campo para jogar. E assim jogamos no erro deles, puxando os contra-ataques e acabamos marcando mais um gol.

Show da Nação Rubro-Negra

- A torcida é um capítulo à parte. É um negócio maravilhoso e hoje ela foi fundamental. Ali no momento final, de pressão, a torcida nos deu muita força. Quando sai aquele "Vamos, Flamengo..." é muito forte, mexe com a gente. Imagina dentro de campo, como reagem os jogadores. Nenhuma equipe consegue os feitos que o Flamengo conseguiu sem essa torcida, que empurra, que faz o jogador tirar de onde não tem o aditivo para superar os adversários.

Alan Patrick

- No Palmeiras, ele se machucou duas vezes quando estava comigo. Mas inegavelmente é um jogador de qualidade. E aqui teve oportunidade de se recuperar e render aquilo que pode render. Repetiu partidas e hoje é um jogador importantíssimo para o Flamengo. Alan Patrick é este jogador que tem uma habilidade incrível, uma visão de jogo excepcional e que consegue realmente dar este tom de mudar o jogo, de virar a jogada e vislumbrar um companheiro livre. Isso é muito importante. Provavelmente, a gente vai ter que mudar um pouquinho o modo de jogar na ausência dele (suspenso), mas temos jogadores à altura para substituí-lo.

Novas peças

- Não tive surpresa, tive preocupação. Houve um tempo de amadurecimento deles na partida. Ficou muito pesado pela postura cruzeirense, mas à medida que o jogo foi passando, eles foram  entrando no jogo e acabaram mostrando que o Flamengo não tem só 11 jogadores. Tem um elenco disposto e muito focado em ganhar partidas.

Gol do Luiz Antonio

- A fase mostra excelentes sinais. Nós preparamos muito a situação do gol. O Cruzeiro demorou para nos dar esta chance, insistimos muito e acabamos concretizando. Se você olhar nos últimos jogos e nos nossos treinamentos, você vai achar muitas vezes essa situação em que fizemos o segundo gol. O Luiz Antonio vinha se adaptando, achou sua posição e fez um golaço, um gol maravilhoso.

Retorno de Jorge

- Foi muito boa a preparação do Jorge. Quando o encontrei, ele estava muito disposto e tranquilo. Disse que tinha dormido a noite inteira no voo, que não sentiu nenhum problema com isso. Entrou no jogo bem, cumpriu tudo muito bem dentro daquilo que acreditávamos que poderia acontecer.

Pés no chão

- Nós temos que focar no próximo obstáculo. A cada obstáculo transposto, se abre um horizonte maior e mais brilhante para nós. Mas não podemos nos deixar levar pela magia do horizonte. Temos que focar e paulatinamente vamos conquistando o que almejamos.

Sequência de vitórias

- O Flamengo tem uma equipe qualificada que vinha tentando essas vitórias consecutivas. Isso vem muito dos jogadores. Tenho treinado mais a equipe reserva, os que não iniciam os jogos. E os treinamentos que tenho feito com a equipe que inicia geralmente são mais curtos, mais teóricos, contidos, para não desgastar demais para a sequência de jogos. Usando muito o audiovisual para ilustrar. Vem muito da consciência dos jogadores conseguir este desempenho.

Um passo de cada vez

- Se você olhar o todo da tabela, é amedrontador. Mas não vamos pensar em todos de uma vez. Vamos pensar um de cada vez. Agora temos que pensar na Chapecoense, no domingo. Depois, vamos avançando. Até lá, as coisas podem mudar. Algumas dessas equipes podem não estar mais na posição que estão agora. O G-4 é um objetivo final. Não é imediato, transitório. A gente precisa se manter ali da forma que eu falei: ultrapassando cada obstáculo. Assim é que pretendo manter com o grupo o foco na nossa manutenção em uma posição de classificação para a Libertadores.

Guerrero

- O Dr. Tannure deu uma olhada no Guerrero hoje, ele esteve no hotel e jantou conosco. Está andando bem, me pareceu que a dor diminuiu bastante. Mas durante estes dias é que vamos ver realmente em que ponto está a recuperação dele. Vamos receber ainda informações do que ele fez de fisioterapia e treinamento lá com a seleção peruana e vamos ter uma avaliação mais concreta.

Evolução do trabalho

- Tenho conhecido os jogadores um pouco mais a cada jogo. Mas o mais importante acho que é a ação coletiva. Isso tem crescido e tem nos dado muita confiança. Os jogadores passam a acreditar mais nessa evolução, no coletivo, de jogar o jogo progressivamente e a cada momento, fazendo aquilo que o momento do jogo precisa. A equipe tem adquirido muito essa consciência.

Fonte: flamengo.com.br

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