Primeiro-ministro francês alerta para novos ataques terroristas na Europa.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse hoje ser uma “certeza” a ocorrência de mais ataques terroristas de “grande escala” na Europa. "Haverá ataques. Ataques de grande escala. É uma certeza. Este hiperterrorismo está para ficar", disse o governante na Conferência de Segurança de Munique, de acordo com a agência France Presse.

Na semana passada, em Paris, Valls afirmou que o nível de ameaça de ataques é agora "provavelmente" mais elevado do que antes dos ataques jihadistas de 13 de novembro.

"Entramos numa nova era caracterizada pela presença contínua de hiperterrorismo. Um hiperterrorismo localizado na confluência de um pseudomessianismo religioso e do uso do terror em massa", disse o primeiro-ministro na conferência chamada Davos da Segurança.

"Temos de estar plenamente conscientes e agir com grande força e grande clareza. Repito diante de vós, como digo aos meus concidadãos: nós mudamos o tempo", acrescentou durante mesa-redonda da qual participou também o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev.

Tal como o presidente francês, François Hollande, afirmou quinta-feira (11) à noite, Manuel Valls apelou à Rússia para que cesse a  ofensiva na Síria, que afeta a população civil.

"Digo, sem qualquer ambiguidade e com confiança, a Dmitry Medvedev: a França respeita a Rússia e os seus interesses, mas sabemos que para voltar ao caminho da paz e da discussão, o bombardeio da população civil tem de acabar ".

Quanto ao acordo alcançado em Munique entre os Estados Unidos, a Rússia e os seus principais aliados, para parar as hostilidades na Síria, Valls saudou a decisão, mas defendeu que sua concretização é urgente.

O primeiro-ministro francês reiterou mensagem sobre o risco de colapso do projeto europeu, tendo como pano de fundo a crise migratória e o risco de saída do Reino Unido da união dos 28.

"O projeto europeu pode mover-se para trás e pode até desaparecer se não tivermos cuidado", advertiu, acrescentando que o projeto “pode recuar perante o aumento do egoísmos e do populismo”.

Via Agência Lusa.

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