Pular para o conteúdo principal

Polícia suspeita que explosivo que feriu cinegrafista era de black bloc.

O cinegrafista Santiago Idílio Andrade, 49 anos, que trabalha na Bandeirantes, continua internado em estado grave no Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro. Na última quinta, 06 de fevereiro, o profissional foi ferido na cabeça durante um protesto, no entorno da Central do Brasil. Santiago sofreu afundamento de crânio e perdeu parte da orelha. Operado, ele está em coma no CTI e respira por aparelhos.

Segundo informações do jornal carioca 'O Dia', a polícia está tentando identificar o homem que teria sido o responsável por acender o explosivo que atingiu o cinegrafista da Band. O suspeito apareceu em imagens feitas por outros cinegrafistas e por um fotógrafo. Ele está de calça jeans e camisa cinza, e aparece de costas e correndo após, segundo este fotógrafo, colocar o artefato no chão, próximo a Santiago. O relato do profissional — que deverá ser convocado como testemunha — corrobora com a investigação da polícia.

De acordo com a publicação, ontem, o delegado da 17ª DP (São Cristóvão), Maurício Luciano, afirmou que o artefato não foi lançado pela PM. De acordo com as investigações, o explosivo é um fogo de artifício do tipo rojão de vara ou treme-terra. A polícia tem apreendido esses artefatos com manifestantes nos últimos protestos. “Precisamos ouvir testemunhas que possam confirmar que o rapaz que aparece de camisa cinza correndo é o que disparou o artefato. Com base nessa informação, já vamos tratá-lo como autor do crime”, disse Luciano, que abriu inquérito por tentativa de homicídio qualificado, com uso de explosivo, e crime de explosão. Se condenado, o acusado pode pegar até 35 anos de prisão. 

O delegado está analisando as imagens da imprensa, de câmeras do Comando Militar do Leste, da Prefeitura do Rio, da SuperVia e até as registradas por Santiago no momento antes de ser atingido. “Tem uma panorâmica da praça que não dá pra ver o momento em que ele acende o artefato. O próprio Santiago pode ter gravado o autor do crime”, disse. 

Fragmentos do artefato que acertou o cinegrafista foram recolhidos ontem no local do crime durante a perícia. Técnico em explosivos do Esquadrão Antibombas, o inspetor Ellington Cacella explicou que o rojão precisa de autorização para ser disparado e tem que ser lançado a uma distância de 30 metros e com uma vara de um metro — o que atingiu Santiago estava a três metros dele.

Segundo especialistas, o rojão que atingiu o cinegrafista alcança até 1.680 metros por segundo de velocidade depois da detonação da pólvora que o compõe (60 gramas), o que pode matar na hora uma pessoa. 

Bomba que atingiu cinegrafista da Band foi atirada por manifestante

Luís Henrique Marinho, afirmou na 17ª DP que viu um homem mascarado jogar o artefato em Santiago. Também prestou depoimento a repórter da Band Fernanda Corrêa, que acompanhava o cinegrafista.

Fonte: Jornal O Dia.

Gostou do conteúdo? Compartilhe com seus amigos corredores! 🏃‍♂️💬

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Desafios do Início na Corrida de Rua

A corrida de rua é, hoje, uma das práticas esportivas mais democráticas e acessíveis do mundo. Basta um tênis, disposição e o desejo de enfrentar o próximo passo. Mas engana-se quem pensa que esse esporte se resume a colocar um pé na frente do outro. A corrida é feita de desafios — físicos, mentais e emocionais — que moldam não apenas o corpo do corredor, mas também sua maneira de enxergar a vida. O desafio físico: o corpo em movimento Não há como negar que o primeiro obstáculo da corrida é o corpo. Força, resistência, preparo cardiovascular, músculos e articulações precisam estar alinhados para sustentar treinos cada vez mais exigentes. No início, os quilômetros parecem pesados, o fôlego falha e as pernas ardem. É nesse ponto que muitos desistem. Mas quem persiste aprende que a adaptação fisiológica é um processo gradual. O corpo responde ao estímulo com evolução. Aqueles primeiros quilômetros, antes vistos como impossíveis, tornam-se parte do aquecimento. Superar a dor muscular, ajus...

Álcool e Corrida de Rua: Uma Combinação Perigosa para o Desempenho e a Saúde

O consumo de álcool e seus efeitos no desempenho esportivo, especificamente na corrida de rua , é um tema de constante debate entre atletas e profissionais de saúde. Embora muitos corredores considerem o consumo moderado como inofensivo, a ciência demonstra que os efeitos do álcool podem prejudicar o desempenho de diversas maneiras, além disso, contribuindo para um aumento no risco de lesões. Primeiramente, no que tange à hidratação, o álcool é um diurético, o que significa que ele aumenta a produção de urina. Em outras palavras, seu consumo leva à perda de fluidos e eletrólitos essenciais, comprometendo a capacidade do corpo de se hidratar adequadamente. Para um corredor, a desidratação é um fator crítico que pode reduzir o volume sanguíneo, elevar a frequência cardíaca e, por conseguinte, diminuir a resistência e o desempenho geral. Ademais, o álcool interfere diretamente na recuperação muscular. Após uma corrida, os músculos precisam de tempo e nutrição para reparar as microlesões c...

7 Verdades Essenciais na Corrida de Rua: Uma Análise Crítica

A corrida de rua tem se popularizado como uma atividade acessível e transformadora, mas sua aparente simplicidade esconde verdades fundamentais que, se ignoradas, levam a lesões e frustrações. Este post busca explorar criticamente sete dessas verdades, questionando mitos e defendendo uma abordagem científica e equilibrada. Argumento que, sem o reconhecimento desses princípios, a corrida pode se tornar uma ilusão de saúde , perpetuando ciclos de dor e desmotivação. Ao invés de uma visão romântica da corrida como "liberdade pura", defendo uma perspectiva realista, baseada em evidências, que prioriza a sustentabilidade e o bem-estar a longo prazo. A primeira verdade é que a corrida não é para todos os corpos, e ignorar limitações físicas pode ser perigoso. O mito de que "qualquer um pode correr" negligencia diferenças biomecânicas, históricos de lesões e condições como obesidade. Estudos da American Orthopaedic Society for Sports Medicine indicam que corredores inici...