Falta de remédios no Inca prejudica tratamento de pacientes.

Situação difícil para quem depende de medicamentos no Brasil. De acordo com a reportagem da Globo News, faltam medicamentos em um dos principais hospitais para tratamento do câncer, no Rio de Janeiro, o Instituto Nacional do Câncer (Inca). São remédios de alto custo, importantes para quem sofre com a doença e não tem condições de pagar as despesas.


Em conversa com o paciente Marcelo, que descobriu a doença em 2012 e que agora está espalhada pelos pulmões e pelo fígado, foi descoberto que o medicamento etoposídeo está em falta desde sexta-feira passada (26) na farmácia do Inca. Ele precisa de uma série de remédios, e este está entre eles.


A GloboNews conversou com um funcionário, e foi perguntado a quanto tempo está faltando medicações. "Está em falta há quanto tempo já?" E o funcionário responde: "Há mais de um mês. Não sei dizer se é matéria prima que está em falta, ou o fornecedor não está tendo, também."

O Inca disse que a distribuição desse remédio foi interrompida pelo único laboratório que fabrica a versão em cápsulas do Brasil. A direção busca alternativas terapêuticas do mercado, mas não dá uma previsão para a solução desse problema.

Com a caixa vazia, Marcelo precisa pagar R$ 848 para comprar o remédio em uma farmácia, que vai durar pelos próximos 20 dias. Esse não é o único medicamento em falta no Inca. Uma mulher conta que não conseguiu buscar o remédio da filha, um anticoncepcional que evita o efeito colateral de um tratamento contra um câncer do pulmão. A espera dela pelo remédio é ainda mais longa. “Desde janeiro que não tem, porque antigamente tinha, agora não tem mais esse”, conta a mãe.

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O Inca também suspendeu nessa semana a realização de exames de pessoas com leucemia que fazem tratamento fora da unidade. Esses atendimentos só voltarão a ser feitos na próxima quarta-feira (8), porque, segundo o hospital, é preciso esperar pela conclusão de licitações para a compra de material.

A defensora pública Maria Izabel Gomes d'Santanna explica que qualquer hospital público que cuide de casos de câncer tem a obrigação, por lei, de oferecer todos os remédios e o tratamento. “Todos os pacientes com câncer que tiverem algum problema no tratamento eles podem procurar uma unidade do tratamento da defensoria pública da União em sua cidade. O Inca deveria verificar se existe esse medicamento em outro hospital da rede e em última análise a União, através de uma ação judicial, pode depositar esse valor e o assistido comprar em alguma unidade privada, em alguma farmácia privada”, explica Maria Izabel Gomes d'Santanna.

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Com informações da Globo News.

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