Postagens

TDAH e Corrida de Rua: Como Encontrei Foco, Clareza e Liberdade Correndo aos 50+

Imagem
Você já sentiu sua mente acelerada demais, a ponto de não conseguir concluir uma tarefa simples? Já viveu aquele turbilhão de pensamentos, esquecimentos, distrações... tudo ao mesmo tempo? Se você tem TDAH — ou convive com seus sintomas — sabe exatamente do que estou falando. Eu também sei. E por isso, hoje quero compartilhar com você como a corrida de rua mudou minha forma de lidar com o TDAH depois dos 50 anos . 🏃‍♂️ Correr me ensinou a silenciar a bagunça mental Quando calço o tênis e coloco o pé na rua, algo muda. A mente que antes estava em mil lugares começa a se concentrar no essencial: a respiração, o passo, o som do meu ritmo. É como se o mundo lá fora se calasse — e, pela primeira vez no dia, eu me escuto. A corrida de rua virou meu remédio natural. Sem efeitos colaterais. Correr me devolve o foco. Me dá direção. Me traz de volta para o presente. 🔁 Mas não pense que é sobre performance… é sobre permanência Você não precisa correr rápido. Não precisa correr ...

Entre o impulso e o controle: 5km de silêncio e superação

Imagem
A corrida de hoje era simples. Plano traçado: 5km, pace de 6:30, treino leve. Mas quem corre com a mente inquieta sabe… nada é simples. Bastaram os primeiros metros para o corpo assumir o comando. O passo acelerou. A respiração encaixou. A sensação de liberdade falou mais alto. E quando o aplicativo anunciou o fim da corrida, lá estavam os números: 5km em 26 minutos. Pace de 4:40. Mais uma vez, o plano foi ignorado. Mas, dessa vez, não foi derrota. Foi resistência disfarçada. A vitória invisível Porque mesmo acelerando demais, houve controle. Houve um momento em que a vontade gritava “vai mais, continua!” Mas a resposta foi calma: “não. Hoje é só 5.” E foi. Essa é a luta diária de quem carrega dentro de si um motor que não desliga. A batalha entre a impulsividade e o planejamento. Entre o prazer de correr livre e a necessidade de respeitar limites. Olhar pra fora para acalmar o dentro Durante o percurso, a mente tentava escapar, como sempre. Pensamentos em cascata, cobranças internas, ...

Quando correr é mais do que correr

Imagem
No começo, tudo era por um motivo prático: emagrecer, cumprir um teste físico, melhorar a saúde. Mas, com o tempo, a corrida revelou algo mais profundo. Uma necessidade visceral de superação. De provar — para o mundo, talvez — mas principalmente para si mesmo, que ainda dá. Correr virou uma forma de colocar ordem no caos interno. Mas nem sempre é simples. O corpo corre… mas a mente atropela Existe uma tendência perigosa de extrapolar. De fazer mais do que o planejado. De não saber parar. Muitas vezes, não é teimosia. É impulso. Uma inquietação constante, difícil de explicar — e que pode ter nome: TDAH. É como viver com um motor ligado o tempo todo, mesmo quando se está parado. Essa impulsividade sabota treinos, causa lesões e gera frustração. A mente acelera, mesmo quando o corpo pede pausa. E o treino leve vira tiro. O descanso vira culpa. A planilha vira sugestão ignorada. A armadilha da competitividade Existe também a competição. Não com os outros — com o tempo. Com os números. Com...

Superação e Compromisso: Correr 50km aos 51 anos é mais do que uma conquista simbólica

Imagem
Completar 50 quilômetros em um mês pode parecer apenas mais um desafio de aplicativo para muitos corredores, mas quando essa meta é atingida aos 51 anos, ela ganha um peso simbólico e real que ultrapassa qualquer medalha digital. No dia 21 de julho, ao finalizar os 10 km que fecharam essa jornada no Adidas Running, não apenas ultrapassei um marco pessoal, como também reafirmei valores fundamentais para quem encara a corrida como estilo de vida: superação, disciplina e compromisso. Esse desafio, embora proposto por um aplicativo, representa mais do que uma simples gamificação do exercício. Ele é, para muitos, um objetivo motivador que quebra a rotina e transforma quilômetros em conquistas palpáveis. Cada passo dado, cada dia de treino vencido, não se resume a um número acumulado na tela — trata-se de enfrentar o cansaço, driblar a procrastinação e superar as limitações impostas pelo tempo, pelo corpo e, muitas vezes, pela mente. Aos 51 anos, o corpo já não responde como na juventude. E...

Corrida sem Medidores: O Prazer de Correr por Correr

Imagem
Vivemos em uma era em que tudo é metrificado. Na corrida de rua, os aplicativos de monitoramento, os dispositivos vestíveis e as métricas de performance se tornaram quase indispensáveis. Pace, distância, elevação, cadência — tudo é registrado, analisado e compartilhado. No entanto, por trás dessa busca constante por resultados, há algo que muitos corredores acabam esquecendo: o prazer essencial de simplesmente correr. Recentemente, tive uma experiência que desafiou minha própria rotina como corredor. Decidi sair para correr sem o celular, sem o aplicativo Adidas Running, sem música, sem vídeos, sem fotos. Pela primeira vez em muito tempo, não havia medições, registros ou notificações. A corrida não tinha um destino específico nem um tempo-alvo. E mais: troquei o habitual treino matinal por uma corrida no final da tarde. O que parecia estranho no início revelou-se libertador. A ausência de tecnologia abriu espaço para uma presença mais plena no momento. Com os sentidos mais atentos, tiv...

Correr aos 51: quando o corpo acompanha a vontade de vencer

Imagem
Nesta manhã ensolarada de 18°C, com um pace médio de 5:44 min/km em 12,27 km , mostrei — mais uma vez — que a idade não limita quem tem propósito, treino e paixão. Aos 51 anos, não corro apenas por performance. Corro por saúde física, clareza mental e uma força interior que só a corrida de rua sabe despertar. 1. Superação é treino + propósito. Correr mais de 12 km em pouco mais de 1h10 não é acidente. É fruto de disciplina, noites bem dormidas, tênis amarrado e foco em seguir mesmo quando o corpo quer parar. 2. A maturidade me deu mais do que resistência física: me deu consciência. Hoje, escuto meu corpo com mais atenção e administro melhor meu esforço. Não corro apenas com as pernas — corro com a mente, com o coração, com a experiência acumulada. 3. A corrida é um espelho: ela reflete o que você planta. Não importa se você tem 30 ou 50 anos. Se o compromisso for real, o resultado vem. Aos 51, eu queimo calorias, sim. Mas queimo também medos, dúvidas e a falsa ideia de que já é ...

Fauja Singh Morre aos 114 Anos: O Maratonista Centenário Que Venceu o Tempo e o Preconceito

Imagem
Fauja Singh morreu . A frase parece comum, não fosse o fato de que ele tinha 114 anos e foi, até o último suspiro, o símbolo vivo de que nunca é tarde demais para começar a correr — ou recomeçar a viver. Singh foi atropelado durante sua caminhada diária em Beas Pind, na Índia, sua terra natal. Uma ironia cruel para um homem que correu maratonas inteiras quando o mundo dizia que ele já deveria estar parado. Sua morte marca o fim de uma jornada biológica, mas não o fim do seu legado. Pelo contrário: é agora que sua história precisa ser revisitada, reinterpretada e espalhada como semente de inspiração. Em 2011, aos supostos 100 anos de idade, Singh completou a Maratona de Toronto com 42 km em 8h25. Poucos dias antes, havia quebrado oito recordes em provas de pista que iam dos 100 aos 5.000 metros. Sim, em quatro dias. Tudo isso com pernas magras, apelidadas na infância de "palito", e um sorriso sereno de quem transformou dor em propósito. Sua certidão de nascimento? Nunca apare...

Postagens mais visitadas deste blog

Plano de Treino para Correr 5 km: Uma Jornada para Iniciantes

A Corrida de Rua é um Passo de Cada Vez: A Psicologia por Trás da Constância

Quanto é possível emagrecer correndo 5 km três vezes por semana?