No Programa do Jô, Dilma diz que o Brasil não está "estruturalmente doente".

O tema do Momento é Televisão. O Brasil não está "estruturalmente doente", disse Dilma Rousseff em entrevista concedida a Jô Soares na tarde desta sexta, na biblioteca do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, em Brasília, que foi exibida no "Programa do Jô" na madrugada deste sábado (13).

Dilma Rousseff classificou como momentâneos os "problemas e dificuldades" do país, e apontou o ajuste fiscal como necessário para uma rápida retomada do crescimento econômico. No início do ano, o governo enviou ao Congresso Nacional medidas provisórias e um projeto de lei para reduzir o gasto público. No mês passado, o governo anunciou um corte de quase R$ 70 bilhões no Orçamento da União que atingiu todos os ministérios.

— Mesmo fazendo o ajuste, como o Brasil não passa por uma situação em que ele é estruturalmente doente – pelo contrário –, ele está momentaneamente com problemas e dificuldades. Por isso, é importante fazer logo o ajuste para a gente sair mais rápido da situação. Acontece que nós temos de simultaneamente ao ajuste fazer investimentos em infraestrutura e manter programas sociais para não voltar para trás, disse a presidente.

Preocupada com a inflação.


No Programa do Jô, Dilma Rousseff disse que está "bastante agoniada" com a inflação, uma das coisas que, segundo afirmou, mais a preocupa. A presidente afirmou que o governo fará “o possível e o impossível” para manter o índice de inflação dentro da meta.
(Entrevista de Dilma Rousseff no Programa do Jô - Foto: Reprodução/TV Globo)
— Fico preocupada porque acho que vamos ter de fazer um imenso esforço. Nós iremos fazer o possível e o impossível para o Brasil voltar a ter inflação bem estável, dentro da meta. Este processo que estamos vivendo tem um tempo, ele não vai durar, declarou.

Triste com as críticas


Dilma Rousseff revelou que sente "triste" com as críticas que recebe, mas disse que aprendeu a conviver com a situação.
(Entrevista de Dilma Rousseff no Programa do Jô - Foto: Reprodução/TV Globo)
— É todo dia. Tem horas que exageram um pouco. Pegam pesado. Mas é da atividade pública. Eu tenho de aceitar que as pessoas não gostem do que eu faço. Tenho de aceitar. Eu não levo no pessoal. Agora, se você quer saber se eu fico triste? Fico, sim. Em algumas horas, eu fico bastante triste. Porque é aquele negócio: ninguém é de ferro, completou.

Reduzir a quantidade de ministérios 


Dilma Rousseff  também comentou as críticas motivadas pelo número de ministérios (39) e admitiu que a quantidade de pastas poderá diminuir. Segundo a presidente, cada ministro tem um papel e algumas das pastas criadas recentemente foram “essenciais”. Ela citou as secretarias de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

— Vou dizer: criticam muito porque temos muitos ministérios. Eu acho que teremos de ter menos ministérios no futuro, disse.
(Entrevista de Dilma Rousseff no Programa do Jô - Foto: Reprodução/TV Globo)
Questionada sobre o Ministério da Pesca, respondeu: — Se você tiver a Pesca com a Agricultura, acho até que no futuro você poderá ter uma situação assim.

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Michel Temer: o articulador.

Dilma Rousseff elogiou a atuação do vice-presidente Michel Temer, do PMDB, na articulação política do governo.
(Entrevista de Dilma Rousseff no Programa do Jô - Foto: Reprodução/TV Globo)
Responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, ele assumiu as funções da Secretaria de Relações Institucionais após a saída do ex-ministro Pepe Vargas (atualmente na Secretaria de Direitos Humanos).

Na avaliação da presidente, Temer — "foi um grande parlamentar e tem muita experiência".

Para Dilma, Temer é “extremamente hábil é ótimo articulador político.

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Assista à entrevista completa de Dilma Rousseff no Programa do Jô , aqui.

Fonte: G1.