Dólar fecha perto de R$ 3,35 e tem maior valor em mais de 12 anos.

Hoje o dólar fechou em alta após ultrapassar a barreira dos R$ 3,35, ainda refletindo preocupações com os riscos ao grau de investimento brasileiro. A moeda norte-americana, pressionada por preocupações com as condições fiscais do Brasil, subiu 1,55%, cotada a R$ 3,3470 na venda.

Conforme informou o portal da Globo, o 'G1', este é o maior patamar de fechamento desde 31 de março de 2003, quando ficou em R$ 3,355. Na máxima do dia, a divisa chegou a R$ 3,3578.


Na semana, o dólar subiu 4,79%. No mês e no ano, há alta acumulada de 7,66% e 25,89%, respectivamente.


O governo reduziu a meta de superávit primário deste ano para R$ 8,747 bilhões, ou 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB), contra R$ 66,3 bilhões (1,1% do PIB), previstos até então. Além disso, abriu a possibilidade de abater até R$ 26,4 bilhões que, no limite, pode até gerar novo déficit primário.

As metas para 2016 e 2017, por sua vez, caíram para o equivalente a 0,7% e 1,3% do PIB, respectivamente. O objetivo anterior para cada um desses anos era de 2% do PIB, percentual que agora só deverá ser alcançado em 2018.

"A drástica redução da meta para 2015, assim como o ajuste extremamente gradual esperado para os próximos anos, sublinha o esperado rebaixamento pela Moody's e pode também desencadear revisões por outras agências e a perda do grau de investimento", escreveram analistas do banco Brasil Plural em nota a clientes, segundo a Reuters.

Nesse quadro, investidores aguardavam também novas pistas sobre como o Banco Central se posicionará em relação a suas intervenções no câmbio, levando em conta que o fortalecimento do dólar tende a aumentar a inflação já elevada.

O BC deu continuidade nesta sexta ao seu programa de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Na véspera, o dólar avançou mais de 2%, fechando acima de R$ 3,29, na maior cotação em quatro meses, após o corte nas metas fiscais do governo alimentar temores de que o Brasil pode vir a perder seu valioso grau de investimento.

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Fonte: G1

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