Criança de 7 anos foi morta em ritual de Umbanda em Campos, RJ.

Caso Natasha Reis - A criança de apenas 7 anos morreu após ter sofrido asfixia no último dia 6. A menina chegou a ser levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos dos Goytacazes, mas não resistiu.

De acordo com o delegado o titular da 134ª DP/Centro, Geraldo Rangel, Natasha Reis Teixeira teria sido morta em um ritual de um Centro de Umbanda situado no Parque Aurora.

A mãe da menina, Glaciane Reis Teixeira, de 39 anos, e uma mulher, dona de um Centro de Umbanda, deverão ser indiciadas (responsabilizadas criminalmente pela morte), segundo informou o delegado Geraldo Rangel durante uma entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (18/06).

Ainda segundo o titular da 134ª DP/Centro, a mãe de Natasha presenciou a “Mãe de Santo” incorporar um espírito e esganar a menina. Glaciane admitiu durante o depoimento na 134ª DP que teria sido ameaçada pela “Mãe de Santo”, que é dona do Centro de Umbanda, para que não revelasse que a criança havia sido esganada durante um ritual.

Mãe de santo faz reconstituição de crime contra criança

A príncipio, Glaciane Reis Teixeira deixou a culpa cair sobre o M., o padrasto da menina. “Além disso, talvez ela não quisesse que a polícia tivesse o conhecimento da prática do ritual, e,  consequentemente, atrapalhar as investigações”, explicou o delegado.

O delegado revela a versão apresentada à polícia.  “A menina teria sido “rezada” pela Mãe de Santo, que teria incorporado um espírito, que chamam de “obsessor”. Ao tentar puxar esse espírito pra ela, aconteceu a esganadura”, disse o delegado.

Mãe participou do ritual 

Glaciane Reis, mãe da menina Natasha - Foto: Filipe Lemos/Campos24Horas
A mãe de Natasha e a Mãe de Santo já foram ouvidas. De acordo com Geraldo Rangel, uma responsabiliza a outra pelo ocorrido. “Mas as duas participaram do ritual e ambas serão responsabilizadas. A mãe porque trata-se da guardadora, ela é obrigada por lei a proteger a criança. E a Mãe de Santo porque é responsável por tudo que ocorre no local”, enfatiza delegado.

Criança morre e família suspeita de negligência na UPA.

Padrasto acusado de matar enteada de 7 anos é preso em Campos Goytacazes


Geraldo Rangel relatou também que em toda sua carreira nunca tinha presenciado um crime como esse. “Isso porque envolve religião e uma criança de sete anos, que foi morta em um centro de umbanda. Não é algo que ocorre todos os dias”, disse o delegado, que destacou que a Polícia Civil de Campos dos Goytacazes respeita todas as religiões.

“O que está sendo apurado é o crime, um homicídio que aconteceu dentro de um terreiro de Umbanda. O que importa  é que estamos concluindo o inquérito e dando a resposta que a sociedade merece, porque envolve uma criança. Não temos dúvida que o crime aconteceu lá dentro (no centro de umbanda). A mãe e a Mãe de Santo confirmaram.

IML de Campos dos Goytacazes


Há um laudo pericial que confirma a morte por asfixia de esganadura”, finalzou Geraldo Rangel.

Exames no Instituto Médico Legal(IML) concluíram que a morte ocorreu por “esganadura”. O padrasto da menina chegou a ser preso, mas foi liberado, visto  que a polícia concluiu que ele não estava no Centro de Umbanda.

Agradecemos sua visita. Clique aqui e Leia Mais Notícias. Deixe aqui o seu comentário, crítica, sugestão.

Com informações do Jornal Campos24Horas.