O que Aristóteles pode ensinar sobre correr depois dos 50
Depois dos 50, muita gente acredita que correr é apenas uma questão de resistência física. Esse é o primeiro erro. Correr nessa fase da vida é, antes de tudo, uma decisão filosófica. É escolher disciplina em vez de desculpa, constância em vez de impulso, sentido em vez de pressa. Curiosamente, quem oferece uma das melhores chaves para entender essa escolha não é um treinador moderno, mas Aristóteles , um filósofo que viveu há mais de dois mil anos — e que continua absurdamente atual. Neste texto, quero mostrar como os principais conceitos aristotélicos se conectam diretamente com a corrida de rua na maturidade e por que correr aos 50+ é um exercício de caráter, não apenas de pernas. Virtude: o corpo aprende pelo hábito Para Aristóteles , virtude não nasce pronta. Ela é construída pela repetição. Ninguém se torna disciplinado apenas desejando; torna-se disciplinado agindo, dia após dia. Na corrida, isso é cristalino. Não é o tênis novo, o relógio caro ou a planilha perfeita que transfo...