"Isso é cena", diz promotor sobre choro de Bruno na sala do júri.

[Crédito da Foto: Maurício Vieira/G1]
"CASO ELIZA SAMUDIO" -  O julgamento de Bruno Fernandes começou nesta segunda-feira, 04, no Fórum de Contagem, em Minas Gerais e deve durar cinco dias. O ex-goleiro do Flamengo e sua ex-mulher, Dayanne Souza, são julgados pelo desaparecimento de Eliza Samudio, em 2010.

Logo no início dos trabalhos, o advogado Ércio Quaresma, que defende o réu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, pediu acesso ao material audiovisual do processo. A juíza Marixa Fabiane disse que ele deveria pedir o acesso via processual.  "Se o senhor não se portar, vou pedir que se retire. O senhor está tumultuando os trabalhos", falou a magistrada, que ainda completou dizendo que o advogado não estava permitindo que ela fizesse seus trabalhos.

Com o objetivo de derrubar a tese da acusação, a defesa do ex-goleiro fala em irregularidades no processo e cogita até mesmo anular o júri."Para mim é muito cômodo: se eu ganhar, ganhei, se não, anulo", disse o advogado Lúcio Adolfo da Silva. Os defensores do caso foram ouvidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Bruno está preso há 971 dias, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde também está sendo realizado o julgamento.
[Crédito da Foto: Maurício Vieira/G1]
BRUNO FERNANDES - O ex-goleiro do Flamengo chorou pela primeira vez logo após a entrada na sala do júri. Depois, ele recebeu uma Bíblia de seu advogado, Lúcio Adolfo da Silva, voltou a chorar.

José Arteiro, assistente de acusação, disse que goleiro Bruno chorou dentro da sala do júri para fazer cena. "Ele sempre veio como príncipe etíope e agora recebeu nova instrução dos advogados e chorou. Isso é cena ", informou o repórter Glauco Araújo, do "G1".

TESTEMUNHAS - A defesa de Bruno dispensou três testemunhas: Celia Aparecida Rosa Sales (que continua como testemunha de Dayanne), Maria de Fátima Souto dos Santos e Anastacio Barbosa. A defesa da ex-mulher do goleiro dispensou a testemunha Saiver Júnior Calixto.

JURADOS - Os réus serão julgados por um grupo de sete pessoas, formado por cidadãos maiores de 18 anos residentes em Contagem (MG), sem antecedente criminal ou parentesco com os acusados. Eles são sorteados um a um ao início da sessão entre 25 pessoas previamente escaladas. A juíza Marixa pediu também que suplentes estejam à disposição. Este grupo é diferente do que foi usado para a seleção do júri de Macarrão e Fernanda.

ENTENDA O CASO - O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, com quem o jogador teve um filho. Para a Justiça, a ex-amante do jogador foi morta em 10 junho de 2010, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado. A certidão de óbito foi emitida por determinação judicial.

RÉUS CONDENADOS NO PROCESSO - Em 24 de novembro de 2012, o amigo de Bruno, Luiz Henrique Romão – o Macarrão -, e a ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro foram condenados. Macarrão pegou 15 anos de prisão, sendo 12 anos em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima) e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver. Fernanda foi condenada a 5 anos de prisão em regime aberto pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.

Momento Verdadeiro | Com Agências
(Fontes: BandNews, GloboNews, G1)

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